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30/11/2012

IFF/Fiocruz atua no desenvolvimento de pesquisas sobre Aids

Danielle Monteiro e Aline Camera


Para compreender questões relevantes relacionadas à Aids - como os desafios no cuidado de pacientes infectados, a relação entre a imunodeficiência e o seu tratamento com a ocorrência de lesões intraepiteliais escamosas cervicais e o impacto da demora do resultado do teste rápido na amamentação - o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, Criança e Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) desenvolve uma série de pesquisas com a temática.






Uma delas é a tese de mestrado da pesquisadora Ana Claúdia Mamede, que identifica os fatores de vulnerabilidade associados à violência intrafamiliar e os aspectos de proteção que evitam as agressões em adolescentes do ambulatório do IFF. “Com os questionários e os resultados das entrevistas individuais em mãos, observamos que as doenças crônicas desenvolvidas como consequência da Aids, a troca frequente de cuidadores dos jovens e a morte dos pais por conta da doença foram os quesitos que mais pontuaram a favor da violência. Já entre os aspectos de proteção, o diálogo familiar e a existência de uma rede de apoio com a qual o adolescente se sinta seguro foram os que tiveram mais destaque”, afirmou a pesquisadora.



Também com abordagem na adolescência, o trabalho que está sendo desenvolvido pela enfermeira Ana Aline da Silva é outro de destaque da unidade. O estudo fará uma análise do aconselhamento sobre a Aids durante o pré-natal. “A grande demanda de mulheres que, após serem submetidas à testagem sorológica para o HIV, se descobriam soropositivas, despertou o meu interesse em identificar quais são os limites e as lacunas existentes neste processo”, ressaltou a profissional.



As questões ligadas ao regime terapêutico podem acarretar em desafios no processo de aceitação do tratamento pelo adolescente. Diante disso, Mariana Cardim, da enfermaria de Doenças Infecciosas Pediátricas (DIPe) do IFF, deu início à pesquisa Adoecer e Adolecer com HIV / Aids: perspectivas sobre os itinerários terapêuticos, cuja conclusão está prevista para 2014. Outro estudo focado no mesmo público, assinado pela pesquisadora do IFF/Fiocruz Vânia Matos Fonseca, investigou os aspectos associados a não amamentação na primeira hora de vida da criança. A pesquisa - que envolveu 944 parturientes com resultado negativo para o teste em cinco hospitais reconhecidos como amigos da criança do Sistema de Gestação de Alto Risco do município do Rio de Janeiro – apontou o resultado tardio do teste rápido anti-HIV como um dos principais fatores determinantes.



As mulheres soropositivas possuem maior risco de desenvolver lesão intraepitelial escamosa cervical e câncer de colo de útero. Com base nesta constatação, a ginecologista obstetra do IFF com especialização em patologia cervical, Vânia Stiepanowez de Oliveira Rocha, foi em busca do impacto do estado imunológico e do uso do retroviral HAART no desenvolvimento da lesão. Sua dissertação de mestrado, que estudou mulheres encaminhadas pelo Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz) ao ambulatório de patologia cervical do IFF, indicou o uso do HAART como fator de menor risco para a incidência de lesões precursoras do câncer de colo de útero.


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Publicado em 30/11/2012.

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