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10/01/2008

IFF precisa de doadores de sangue do tipo O negativo para atendimento de pacientes com a doença hemolítica do recém-nascido

Roberta Monteiro


O Instituto Fernandes Figueira (IFF), unidade materno-infantil da Fiocruz, funciona como centro de referência no tratamento da eritroblastose fetal, também conhecida como doença hemolítica do recém-nascido. Trata-se de uma doença causada pela incompatibilidade sanguínea entre o sangue materno e o fetal, que pode destruir os glóbulos vermelhos do bebê durante os meses em que permanece no útero materno e causar lesões irreversíveis no cérebro. De acordo com a chefe do Banco de Sangue do IFF, a médica Cristina Pessoa, em 2007, o Instituto acompanhou 80 gestantes que apresentaram risco para a doença, e que dependeram da solidariedade de doadores de sangue O do tipo RH negativo para fazer o tratamento.


 


 Para doar é preciso ter entre 18 e 65 anos, pesar mais de 50 quilos e estar em boas condições de saúde

Para doar é preciso ter entre 18 e 65 anos, pesar mais de 50 quilos e estar em boas condições de saúde


 


A doença hemolítica do recém-nascido ocorre quando uma mulher RH negativo engravida de um homem RH positivo e gera um filho RH positivo. Segundo a especialista, geralmente não ocorrem problemas na primeira gestação, mas o contato entre o sangue da mãe e o do filho no momento do parto faz com que o organismo materno produza anticorpos anti-RH, o que representa um risco para as próximas gestações de filhos RH positivo. “Nos casos em que a criança nasce com a doença às vezes é necessário fazer uma troca total do sangue. Para isso, precisamos do sangue RH negativo, uma vez que não tendo antígeno não é destruído pelos anticorpos da mãe presentes no recém-nascido. Após algum tempo, as hemáceas recebidas na transfusão são totalmente substituídas por outras do tipo RH positivo, produzidas pela própria criança”, esclarece Cristina.


 


A transfusão de sangue no bebê pode ser feita ainda no útero ou somente depois que o bebê nascer. Na primeira opção, o procedimento ocorre no cordão umbilical, controlado por ultra-som e pode ser repetida várias vezes antes do nascimento. A médica explica que o IFF, como centro de referência no assunto, dispõe de equipamentos e profissionais treinados para o tratamento da doença hemolítica. No entanto, destaca que o principal fator que possibilita a cura é o sangue O do tipo RH negativo doado pelas pessoas. “Somos uma agência transfusional do Hemorio e precisamos de doações para prosseguir o tratamento”,  ressalta Cristina, que explica que o Banco de Sangue do IFF trabalha em média com 400 bolsas de hemocomponentes (concentrados de hemácias, plasma e plaquetas) por mês, mas que atualmente tem recebido apenas 180.


 


Para ser um doador é preciso ter entre 18 e 65 anos, pesar mais de 50 quilos e estar em boas condições de saúde. No dia da doação é necessário levar um documento de identificação com foto. Para saber mais detalhes, o voluntário pode entrar em contato com o Hemorio (pelo telefone 0800 282 0708) ou com o Banco de Sangue do IFF (no telefone 2554-1763) ou então acessar aqui. O Hemorio funciona de segunda a domingo, inclusive feriados, das 7h às 18h (Rua Frei Caneca 8, Centro do Rio de Janeiro).

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