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19/11/2010

IFF vai inaugurar enfermaria com leitos para a implantação do método canguru

Roberta Monteiro


O Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) vai inaugurar, no primeiro semestre de 2011, uma enfermaria com quatro leitos para a implantação do método canguru, que busca humanizar ainda mais os cuidados prestados aos recém-nascidos internados em UTI Neonatal. Segundo o neonatologista José Roberto Ramos, o Instituto apresenta hoje perfil diferenciado, por atender bebês de alto risco, e se destaca pelo desenvolvimento tecnológico, com capacidade para atender em média 300 recém-nascidos por ano, que necessitam dos cuidados da UTI Neonatal. Entre as principais causas de internação estão a prematuridade, baixo peso ao nascer, afecções cirúrgicas, gemelaridade, doença hemolítica perinatal e infecções congênitas. “As questões pertinentes à atenção humanizada não podem ser pensadas separadamente dos avanços tecnológicos, mas de forma complementar”, explica.


 Todas as etapas incluem a posição canguru, que consiste em manter o recém-nascido de baixo peso na posição vertical junto ao tórax

Todas as etapas incluem a posição canguru, que consiste em manter o recém-nascido de baixo peso na posição vertical junto ao tórax


Para a psicóloga do Departamento de Neonatologia Maria de Fátima Junqueira, a iniciativa traz a humanização com estratégia de intervenção que valoriza o contato pele a pele e a maior interação entre a família e os profissionais de saúde. O método canguru se divide em três etapas, sendo que a primeira se dá dentro da UTI Neonatal, a segunda na Enfermaria Canguru e a terceira no acompanhamento dos bebês que tiveram alta do hospital até atingirem 2,5 Kg. Todas as etapas incluem a posição canguru, que consiste em manter o recém-nascido de baixo peso na posição vertical junto ao tórax dos pais ou de outros familiares. A recomendação é que seja acompanhado por uma equipe de saúde adequadamente treinada.


O Ministério da Saúde destaca como principais vantagens do método canguru o aumento do vínculo mãe-filho, menor tempo de separação mãe-filho, evitando longos períodos sem estimulação sensorial, estímulo ao aleitamento materno, favorecendo maior frequência, precocidade e duração, maior competência e confiança dos pais no manuseio do filho de baixo peso, melhor controle térmico, menor número de recém-nascidos em unidades de cuidados intermediários, melhor relacionamento da família com a equipe de saúde, diminuição da infecção hospitalar e menor permanência hospitalar.


Publicado em 16/11/2010.

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