Agência Fiocruz de Notícias

Nesta segunda-feira (6/8) a Fiocruz recebeu dois técnicos do Laboratório Nacional de Saúde Pública (LNSP) do Haiti que farão estágio, durante dois meses, no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz). A visita técnica visa demonstrar aos haitianos como são realizados procedimentos de gestão laboratorial, métodos analíticos e relação custo-benefício na implementação de sistema de qualidade em uma instituição brasileira. Além disso, pretende-se apresentar como se dá o impacto da estruturação aqui realizada em recursos humanos e em resultados. O estágio faz parte de um projeto maior de cooperação tripartite Brasil-Cuba-Haiti, que pretende ajudar a fortalecer o sistema de saúde haitiano a partir de diversas ações, como as de vigilância epidemiológica e a criação de espaços de educação e informação. A Cooperação Tripartite Brasil-Cuba-Haiti é coordenada no Brasil pelo Ministério da Saúde, por meio da Assessoria de Relações Internacionais (Aisa) e da Secretaria-Executiva, com apoio da Fiocruz – por meio do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris), do Canal Saúde, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) e da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) – e pelas universidades federais do Rio Grande do Sul (UFRGS) e de Santa Catarina (UFSC).



Amos Banjamin e Carl Jean-Baptiste, tecnologistas médicos há mais de dez anos no LNSP, vão chefiar dois novos laboratórios regionais, um no norte e outro no sul do Haiti, criados com base em um esforço de descentralização e melhoria da saúde no país. Os laboratórios haitianos entrarão em funcionamento nos próximos meses, faltando somente a finalização das instalações elétricas e a entrega de equipamentos. “Desejamos entender quais foram as etapas a curto, médio e longo prazo que os laboratórios da Fiocruz tiveram que passar para chegar ao patamar de hoje e, assim, tornarmo-nos aptos a implementar também no Haiti um sistema de qualidade que compreenda as normais internacionais necessárias”, afirma Benjamin.

“Pretendemos ensinar aos haitianos como é possível ser preciso, trabalhar com qualidade, dentro das normas internacionais e sem tanto investimento como os disponíveis em países desenvolvidos”, comenta o gerente de qualidade do Serviço de Integração e Atividades Laboratoriais do Ipec/Fiocruz, Douglas Baeta. Em maio deste ano, outros cinco pesquisadores haitianos também iniciaram estágio de seis meses na Fiocruz no âmbito da cooperação tripartite Brasil-Cuba-Haiti. O objetivo é que eles aprendam técnicas modernas de pesquisa e possam replicar esse conhecimento em seu próprio país.

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Publicado em 7/8/2012.