24/10/2012
Diagnóstico de leptospirose: curso atualiza funcionários de laboratórios centrais
Isadora Marinho
Credenciado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como Centro Colaborador em Leptospirose para a América Latina e o Caribe, o Laboratório de Zoonoses Bacterianas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) promove, esta semana (de 22 a 26 de outubro), o Curso de Atualização no Diagnóstico Laboratorial da Leptospirose. Ministrado em parceria com a Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB/SVS), o curso tem como principal público-alvo funcionários dos Laboratórios Centrais (Lacens) de Saúde Pública das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Dentre aulas teóricas e práticas, pesquisadores do IOC discorrem sobre os variados protocolos de diagnóstico utilizados no Brasil, como o Elisa, a Reação em Cadeia de Polimerase (PCR), a microaglutinação e a cultura.
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Participaram 15 pessoas, dentre funcionários dos Lacens e alunos de pós-graduação e iniciação científica. Foto: Gutemberg Brito. |
Pesquisadora do IOC e uma das professoras do curso, Ilana Balassiano ressalta que o Laboratório de Zoonoses Bacterianas integra o Serviço de Referência Nacional para Leptospirose e que, por esse motivo, é o responsável por fazer a atualização dos Lacens.
Na quinta e sexta edição do curso, realizadas em julho e setembro passados, foram contemplados funcionários do Norte e Nordeste, respectivamente. Voltada para as demais regiões, a sétima edição atende 15 participantes e conclui o programa de atualização nacional. “A leptospirose é uma doença grave, de notificação compulsória e com grande relevância para o Ministério da Saúde. A população de roedores não é controlada e em épocas de aumento de chuvas, que varia de região para região, há a ocorrência de surtos”, explica Ilana.
Curso reuniu mais de 60 participantes para capacitação em hanseníase
Luciana Medina
O Brasil é o segundo país do mundo que registra o maior núremo de novos casos de hanseníase por ano, ficando atrás apenas da Índia, segundo o Ministério da Saúde. Com base na importância do diagnóstico e tratamento da doença, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/ Fiocruz) e o campus Mata Atlântica da Fundação promoveram, em parceria com a Prefeitura do município do Rio de Janeiro, o Curso de Atualização em Diagnóstico e Tratamento da Hanseníase, voltado para estudantes e profissionais da área de saúde.
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O curso proporcionou conhecimentos técnicos atualizados em hanseníase para melhor atendimento no diagnóstico e tratamento. Foto: Divulgação IOC/Fiocruz. |
A capacitação, realizada no dia 19 de outubro, reuniu mais de 60 participantes, a fim de debater temas relacionados à epidemiologia, diagnóstico e tratamento da hanseníase. Ministrado pelo médico do Ambulatório Souza Araújo e pesquisador do Laboratório de Hanseníase do IOC, José Augusto da Costa Nery, o curso contou com aulas teóricas de estudos de casos, com diversas abordagens temáticas, em que as dúvidas dos participantes foram esclarecidas durante a apresentação de conteúdos.
De acordo com o coordenador do curso e pesquisador do Laboratório Bioquímica de Proteínas e Peptídeos do IOC, Flávio Rocha da Silva, o curso serviu para atualizar o conhecimentos dos profissionais, afim de que possam aplicar na prática profissional o que foi aprendido durante as aulas. “O objetivo é proporcionar conhecimentos técnicos atualizados e específicos em hanseníase para melhor atendimento no diagnóstico e tratamento do doente”, explicou. “Contamos com a participação de profissionais civis e militares de diversas unidades de Saúde do Estado do Rio de Janeiro. Acredito que esse seja um dos papéis do IOC, levar o conhecimento para os profissionais de saúde que realizam o atendimento à população”, avaliou.
A iniciativa compõe o calendário de cursos de atualização, elaborado após I Fórum da Fiocruz Mata Atlântica, promovido em abril desse ano. Além da hanseníase, a programação já abordou questões relacionadas a leishmanioses e, nos meses de novembro e dezembro, debaterá sobre biossegurança e micologia médica, respectivamente.
Publicado em 24/10/2012.