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01/06/2007

José Carvalheiro é o novo vice-presidente de Pesquisa da Fiocruz

Adriana Melo


O epidemiologista José da Rocha Carvalheiro é o novo vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Fiocruz. Professor-titular de medicina social e epidemiologia da Universidade de São Paulo (USP), Carvalheiro coordena o projeto Inovação em Saúde da Fundação desde 2003. “Estou totalmente familiarizado com a proposta da Vice-presidência em Produção e Inovação”, diz ele, referindo-se a outra instância da Fiocruz, criada recentemente. “O ministro da Saúde tem a área como prioridade. Há perspectiva política e vontade de fazer”.


 José da Rocha Carvalheiro (Foto: Ana Limp)

José da Rocha Carvalheiro (Foto: Ana Limp)


Segundo Carvalheiro, a Fiocruz passa por um momento de grande afirmação, reconhecida internacionalmente como instituição de excelência nos contextos brasileiro e mundial – foi considerada a melhor instituição de saúde pública do mundo pela Federação Mundial das Associações de Saúde Pública (WFPHA). “Esse reconhecimento se deve a um passado glorioso. A Fiocruz responde pela introdução da ciência experimental no Brasil, na virada do século 19 para o século 20. Foi a consolidação tropical do modelo pasteuriano”, diz Carvalheiro. “Deve-se também a tudo que a instituição representou durante todo o século 20. Agora, na virada do século 20 para o 21, fica claro para os especialistas da área a necessidade de uma reciclagem do modelo pasteuriano. Essa revisão está em curso e desenvolve uma maneira moderna de pensar a pesquisa básica orientada para o uso”. Carvalheiro considera essa reciclagem um desafio fascinante, que integra três pólos fundamentais.


Por um lado, o estabelecimento das redes PDTIS (Programa de Desenvolvimento Tecnológico em Insumos para Saúde) e PDTSP (Programa de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Saúde Pública) possibilita a alocação de recursos para a pesquisa básica e aplicada. “Para quem vê de fora, a pesquisa básica pode não ter aplicação aparente em curto prazo. Mas é ela que ajuda a formar pessoal especializado. E se hoje o Brasil se insere no pequeno elenco dos países em desenvolvimento com perspectiva de inovação, é graças à excelência na formação dos recursos humanos, à nossa capacidade instalada na pós-graduação”, diz Carvalheiro.


“O segundo pólo é o CDTS (Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde), que preenche a lacuna entre pesquisa básica de bancada e sua aplicação em programas de saúde e na produção de insumos”, explica. “Por fim, o projeto Inovação em Saúde amarra novas perspectivas de desenvolvimento concreto e projeta isso num plano para atender as necessidades do país”, conclui.

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