Agência Fiocruz de Notícias

O Ministério da Saúde (MS), a Universidade de Brasília (UnB) e a Fiocruz lançaram nesta quarta-feira (14/11) a pedra fundamental da nova sede da Fundação na capital federal. A construção do prédio representa a consolidação da proposta do Núcleo Federal da Escola de Governo em Saúde, que tem por objetivo central capacitar  gestores e técnicos da saúde do nível federal, bem como o de profissionais dos demais Poderes da União em sua interface com a saúde. Durante a cerimônia, o ministro José Gomes Temporão ressaltou a importância do trabalho da Fiocruz nos campos da pesquisa biomédica, de produção de imunobiológicos, fármacos e no desenvolvimento de novos produtos, de preservação da memória da saúde pública e na área de ensino técnico e de pesquisa em saúde pública.

Temporão afirmou ainda que o PAC Saúde, programa previsto para ser lançado até o final do mês, prevê a expansão da Fundação. “Esse novo projeto da Fiocruz é fundamental e ocupa uma lacuna importante do ponto de vista do grande esforço nacional que temos que fazer na construção de quadros para a qualificação e desenvolvimento do SUS”, declarou.

O Núcleo Federal de Ensino, que já está em funcionamento, promove cursos de diversas modalidades, como especialização, aperfeiçoamento e atualização. O corpo docente que o integra é composto por profissionais das diversas unidades da Fiocruz. Financiada pelo MS, a implantação do Núcleo em Brasília também é resultado da parceria firmada entre a Universidade de Brasília e a Fiocruz. A universidade apóia as atividades da Fundação e cedeu o terreno no qual o prédio será erguido.

A sede de Brasília terá cerca de 8,8 mil metros quadrados de área construída, custará aproximadamente R$ 24,5 milhões e deverá ser concluída em cerca de 30 meses, em um terreno entre o Hospital Universitário de Brasília e o Centro de Excelência em Turismo, no Setor 4 do campus da UnB. O lançamento da pedra fundamental teve a presença do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, do reitor da UnB, Timothy Mulholland, e do presidente da Fiocruz, Paulo Buss. A Fiocruz, vinculada ao Ministério da Saúde e sediada no Rio de Janeiro, tem unidades em mais seis estados.

Foram projetados quatro prédios independentes para a nova edificação. Eles são interligados por passarelas para facilitar a construção, manutenção e acesso aos diferentes blocos. O prédio 1, com 3.240 metros quadrados, será destinado à administração da Fiocruz, com quatro pavimentos e uma pequena área de pesquisas. O prédio 2, com 4.580 metros quadrados, será aquele que abrigará as salas de aula, laboratórios de informática e biblioteca, área de apoio e estacionamento. O prédio terá dois pavimentos, ficando o estacionamento em seu subsolo. O prédio 3, com 450 metros quadrados, servirá para comportar um auditório com capacidade para 200 pessoas. O prédio 4, medindo 257 metros quadrados, terá livraria, sala de exposições e cafeteria. Este prédio terá formato triangular, o que vai permitir a preservação de vários espécimes de árvores nativas existentes no local. O projeto foi elaborado em parceria entre o Ceplan/UnB (Centro de Planejamento Oscar Niemeyer) e a Fiocruz.

A construção da nova sede da Fundação em Brasília foi planejada de forma a garantir o equilíbrio ambiental na área em que o prédio será erguido. Ficou estabelecido o plantio de 30 novas mudas para cada árvore retirada dos espaços ao redor do prédio. Além disso, serão adotados sistemas de uso racional de água e de economia de luz de forma a evitar danos aos sistemas hídricos ou ao ecossistema da região. O projeto de saneamento urbano prevê adequação e ligação às redes e sistemas existentes no campus.

O uso do solo será feito de forma a gerar o mínimo de modificações no local. Os desníveis existentes proporcionarão a redução das escavações, que terão seu conteúdo reaproveitado. Também levou-se em consideração todo o conjunto arquitetônico e urbanístico da UnB, para que não haja conflitos visuais ou de outras naturezas com o patrimônio existente no local.