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20/07/2011

Livro traz detalhes de 43 espécies de aves que voam pelo campus da Fundação

Informe Ensp


A Fundação Oswaldo Cruz, uma instituição científica de vanguarda para a saúde brasileira, reserva muitas surpresas. Com 800 mil metros quadrados, o campus de Manguinhos, localizado na zona norte do Rio de Janeiro, é uma das únicas áreas florestadas ao longo da Avenida Brasil, via responsável pelo maior fluxo viário da cidade. Para apresentar uma parte da rica diversidade biológica encontrada no local, o livro Voo pela Fiocruz - Guia de Aves do Campus traz detalhes de 43 espécies que circulam pela Fiocruz. A publicação, que é um guia, foi desenvolvida pelo Museu da Vida da Fiocruz e escrita pelo pesquisador Salvatore Siciliano, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), e seu ex-aluno do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) Davi Castro.


 O livro <EM>Voo pela Fiocruz - Guia de Aves do Campus</EM> traz detalhes de 43 espécies que circulam pela Fundação Oswaldo Cruz. 

 O livro Voo pela Fiocruz - Guia de Aves do Campus traz detalhes de 43 espécies que circulam pela Fundação Oswaldo Cruz. 





Gavião-carijó, curutié, periquito-rei, suiriri, beija-flor-preto, corruíra, arapaçu-de-cerrado, cambacica, bico-de-lacre e mariquita são algumas das espécies encontradas no campus que estão detalhadas no livro. Este guia se destina a crianças, jovens, professores e curiosos. E tem como principal objetivo promover a divulgação científica estimulando o interesse dessas pessoas pela biodiversidade brasileira, privilegiando o aspecto lúdico, a experimentação e a criatividade.


Para o pesquisador Salvatore Siciliano, a divulgação científica é uma ação muito importante, pois atrai entusiastas para o convívio no meio científico, desmistifica conceitos equivocados sobre ciência e promove educação. "Trabalho em diferentes projetos voltado para a divulgação científica, coloco muita energia nisso. Em uma reunião de trabalho no Museu da Vida, unidade em que sou parceiro em vários projetos, comentei sobre a diversidade de pássaros do campus e falei sobre o levantamento de observações ocasionais que venho fazendo desde 2002 com mais de 70 espécies diferentes de aves. Eles gostaram da ideia e, junto com Davi Castro, que é ornitólogo e foi meu aluno, o projeto aconteceu", contou Salvatore.



Os textos do guia foram escritos por Salvatore e Castro e o projeto foi executado por profissionais do Museu da Vida sob a coordenação de Luisa Massarani e Rosicler Neves. De acordo com Salvatore, Castro se interessava pelo tema e passou a fazer observações sistemáticas todos os dias pela manhã no campus, anotando detalhes e fazendo fotos.


Este é o primeiro livro de uma série de guias que irão ajudar a explorar os universos ainda pouco divulgados e faz parte de um projeto financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ele apresenta dicas de como se tornar um observador. Em cada uma de suas páginas, o leitor encontra uma espécie de ave com suas principais características para auxiliar o observador na identificação, o nome científico do pássaro, local onde é mais provável que seja encontrado dentro do campus, a dieta da espécie, uma curiosidade e também um espaço para as anotações do observador.


 Em cada uma de suas páginas, o leitor encontra uma espécie de ave com suas principais características, local onde é mais provável que seja encontrado dentro do campus e também um espaço para as anotações do observador.

Em cada uma de suas páginas, o leitor encontra uma espécie de ave com suas principais características, local onde é mais provável que seja encontrado dentro do campus e também um espaço para as anotações do observador.





Salvatore ressaltou que dentro do campus existem diferentes ambientes, por isso são encontrada aves cujo habitat está preferencialmente voltado para zonas úmidas, urbanizadas, bordas de mata, entre outros. "Aqui encontramos muitas aves aquáticas, associadas à área de maré do Canal do Cunha e também muitos aves da família dos psitacídeos, como periquitos e papagaios que dormem e se alimentam nessa grande área de mata que temos aqui", explicou ele.


Já existem outros projetos para desenvolvimento futuro. Segundo Salvatore, está sendo pensado um guia de aves para o campus Mata Atlântica, localizado no bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Além disso, Salvatore está trabalhando com um pesquisador argentino Luis Bala, do Centro Nacional Patagónico (Conicet), na tradução e adaptação de um livro que ele fez sobre Maçaricos (aves que migram cerca de 8 mil quilômetro pela Argentina e Brasil e atravessam a América Central para se reproduzirem na tundra do Ártico canadense). Os dois trabalhos na linha da divulgação científica.


Aves, para que te quero?*


As aves são um grupo muito diversificado que apresenta uma série de adaptações para todos os ambientes e uma variedade de estilos de vida. Elas podem voar, andar, correr, nadar, mergulhar e ocupar o ar, os oceanos, os corpos de água doce, as praias, as florestas, os desertos e as regiões polares. No Brasil, são encontrada cerca de 1,8 mil espécies com diversas formas, cantos, cores e padrões extraordinários.


Algumas espécies de aves são vegetarianas, algumas comem pequenos animais invertebrados e vertebrados, como insetos e rãs e outras comem quase tudo, até carcaças de animais. De qualquer forma, as aves são muito importantes para a manutenção do equilíbrio ecológico, pois possuem papel fundamental no meio ambiente rural e urbano. Outro papel muito importante das aves é indicar a qualidade da água, do solo e do ar da região onde são encontradas.


* Informações retiradas da apresentação do livro Voo pela Fiocruz - Guia de aves do campus.


Publicada em 18/7/2011.

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