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26/08/2010

Médico da Fundação Bill e Melinda Gates discute o desafio da erradicação da malária no século 21

Fernanda Marques


Uma data alvo razoável para a erradicação da malária é 2050. É o que propõe o médico David Brandling-Bennett, chefe da equipe do Programa Estratégico da Malária e vice-diretor para Malária da Fundação Bill e Melinda Gates. Ele veio ao Brasil para participar do simpósio Erradicação da Varíola após 30 Anos: Lições, Legados e Inovações, promovido pela Fiocruz, no Rio de Janeiro, de 24 a 27 de agosto. Em sua palestra, o médico apresentou uma agenda para a pesquisa e o desenvolvimento da erradicação da malária.


A estratégia da Fundação Gates engloba cinco componentes: intervenções integradas e elaboração de modelos para identificar o conjunto ideal de ferramentas para a eliminação da doença em diferentes cenários; pesquisa e desenvolvimento para preservar as ferramentas existentes contra a ameaça de resistência; pesquisa e desenvolvimento de novas ferramentas necessárias para interromper a transmissão, inclusive vacinas, drogas e novos paradigmas para conter o vetor; disponibilização das ferramentas quando estiverem concluídas; e solicitação de apoio para assegurar financiamento, políticas e engajamento adequados.


Brandling-Bennett estudou na Universidade de Harvard, atuou no Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e foi vice-diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Ele viveu e trabalhou na América Central, na Tailândia e no Kenya durante 12 anos. Nesse período, estudou a epidemiologia, a prevenção e o controle da malária e de outras doenças tropicais.

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