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06/07/2018

'Memórias' de julho reúne artigos sobre ‘doença dos pombos’

Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)


Popularmente conhecida como ‘doença dos pombos’, a criptococose é causada por fungos das espécies Cryptococcus neoformans e C. gattii. Transmitido geralmente pelas vias respiratórias, o agravo possui grande impacto em indivíduos com o sistema imune comprometido, como pacientes com HIV. Em julho, a revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz reúne oito artigos sobre fungos do gênero Cryptococcus e os impactos que representam para a saúde. O periódico está disponível para acesso gratuito online. 

Entre os destaques está um estudo do panorama da criptococose na América Latina, onde mais de 90% dos casos são causados por C. neoformans. A apresentação clínica mais comum na região é a meningite criptocócica, que pode ser tratada com o uso de antifúngicos como fluconazol e anfotericina. A publicação também traz em seu editorial um resumo com aspectos históricos e científicos relacionados à doença, classificada em números absolutos de mortes como a 5ª doença infecciosa mais letal, atrás apenas da Aids, tuberculose, malária e diarreias.

A criptococose é comumente relacionada aos pombos por ser o excremento das aves um dos principais reservatórios ambientais de Cryptococcus. A infecção pelo fungo pode levar à inflamação dos pulmões e ao desenvolvimento de meningite associada à inflamação do encéfalo, manifestação clínica conhecida como meningoencefalite. Os índices de mortalidade variam entre 40 e 60%. Nos últimos anos, houve um progresso significativo nos estudos da biologia básica e identificação laboratorial de cepas criptocócicas, na compreensão da ecologia, genética populacional, interações patógeno-hospedeiro e epidemiologia clínica do agravo. 

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