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10/04/2007

Mestrado em saúde, sociedade e endemias é novidade

Ricardo Valverde


Entre as metas do diretor está a de aproximar a Fiocruz de outras instituições de pesquisa da Amazônia. Uma das pontas-de-lança dessa disposição é o Acordo Multilateral de Cooperação Técnico-científica em Saúde das Instituições da Amazônia, do qual o CPqLMD assumiu a secretaria-executiva. Fazem parte do Acordo o Instituto Evandro Chagas, a Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, a Fundação de Dermatologia Tropical e Venereologia Alfredo da Matta, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais de Rondônia (Ipepatro), o Museu Paraense Emilio Goeldi, a Fundação de Medicina Tropical do Tocantins e as universidades federais da região, entre outras, num total de 21 instituições. Em novembro último, Manaus sediou uma reunião com representantes dessas instituições.


 O diretor Roberto Rocha: esta é a hora da arrancada para o CPqLMD

O diretor Roberto Rocha: esta é a hora da arrancada para o CPqLMD


“A proposta é estabelecer meios de desenvolvimento sustentável para a Amazônia, que envolvam formação de recursos humanos, financiamento para pesquisas, constituição de redes e articulação de programas de pós-graduação entre estas instituições”, afirma Rocha. O CPqLMD deu um passo decisivo nesse campo ao instalar, com as universidades federais do Pará e do Amazonas, um mestrado em saúde, sociedade e endemias, com 15 alunos em Manaus e outros tantos em Belém. O curso tem três áreas de concentração: antropologia e história da saúde e da doença na Amazônia; dinâmica dos agravos e doenças de maior prevalência (epidemiologia e políticas de saúde); e biologia parasitária (genética, entomologia e virologia).


A Fiocruz quer formar trabalhadores para o Sistema Único de Saúde que tenham visão de saúde coletiva e para esta missão pretende dispor de cursos de pós-graduação, de aperfeiçoamento e de atualização com outras instituições do setor. “Com esta visão, em um consórcio do Instituto Fernandes Figueira (IFF), a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) e o Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (CPqAM), estamos com 15 alunos de doutorado em saúde pública em seu segundo ano de curso”, diz Rocha.


O diretor acredita que com os 18 novos servidores – agora são 40, num total de 90 funcionários, somando terceirizados e bolsistas – o CPqLMD terá sem dúvida nenhuma ganhos nas áreas de gestão e na pesquisa. “A vantagem de ser pequeno e novo é que se torna mais fácil fazer alterações e correções na estrutura funcional”, diz Rocha, lembrando que o grande desafio é formar um grupo de pesquisadores consistente: “Leva-se até dez anos para completar a formação um pesquisador, sendo que um componente fundamental é o convívio e a troca de experiências com aqueles que estão há muito mais tempo fazendo pesquisa”. Portanto, para o diretor, esta é a hora da arrancada.

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