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03/08/2007

Mestrado profissional em educação profissional em saúde é aprovado pela Capes

Cátia Guimarães


A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) da Fiocruz acaba de ter aprovada pela Capes sua proposta de mestrado profissional em educação profissional em saúde. Trata-se de uma conquista que começou a ser construída quatro anos atrás, quando a Escola idealizou e coordenou a primeira turma do curso de especialização na área. “A aprovação desse mestrado significa a consolidação da educação profissional em saúde como uma área de produção de conhecimento, que é estratégica tanto para a formação dos trabalhadores quanto para o fortalecimento do SUS”, explica Marise Ramos, coordenadora da pós-graduação da EPSJV.


 O próximo desafio é a possibilidade de oferecer o curso em outros estados e países (Foto: Ana Limp)

O próximo desafio é a possibilidade de oferecer o curso em outros estados e países (Foto: Ana Limp)


O curso, que terá uma primeira turma já em 2008, é voltado para professores e outros profissionais que atuem ou se interessem pela educação profissional em saúde. Em relação à legislação, esse é o segmento que engloba a formação de trabalhadores de nível auxiliar e técnico. Como campo de conhecimento, é uma área que se baseia em três dimensões: trabalho, educação e saúde.


Depois de implantar o mestrado na própria sede, o próximo desafio da Escola para fortalecer ainda mais a área será estudar a possibilidade de oferecer o curso para outros estados e países, a partir das ações de cooperação técnica que a EPSJV desenvolve. Segundo o diretor da EPSJV, André Malhão, o reconhecimento do mestrado mostra que é possível expandir a abrangência territorial do curso para as instituições que tiverem interesse. Com isso, a idéia é ajudar a formar dirigentes em educação profissional em saúde tanto na Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS) quanto em outras instituições das redes municipal, estadual e federal de ensino, no Brasil e no exterior. “Nosso objetivo é consolidar a educação profissional em saúde como campo interdisciplinar, potencializando a produção de conhecimento e a ação estratégica nessa área. Além disso, queremos contribuir para o fortalecimento das políticas de direito ao conhecimento pelos trabalhadores técnicos em saúde”, diz Malhão.


A especialização que inspirou o mestrado foi oferecida pela primeira vez na Escola Técnica de Saúde do Centro de Ensino Médio e Fundamental da Unimontes (MG), com projeto e coordenação da Escola Politécnica. Essa experiência de desecentralização contou com professores de todo o país e foi organizada de modo a permitir que trabalhadores dos serviços de saúde fizessem o curso.


No formato oferecido na Fiocruz, o mestrado terá duração de dois anos e será composto por disciplinas como política de educação e de saúde, economia da educação e concepções de formação em saúde e educação profissional no Brasil: contextos e questões atuais, educação do adulto trabalhador, pedagogia das competências e historicidade da educação dos trabalhadores em saúde. Ao final do curso os alunos deverão desenvolver uma dissertação que será avaliada por uma banca examinadora.

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