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04/02/2011

Ministro da Saúde visita a Fiocruz para conhecer projetos e reforçar parcerias

Ricardo Valverde


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve nesta sexta-feira (4/2) na Fiocruz, sendo recebido pelo presidente da Fundação, Paulo Gadelha, e por integrantes do Conselho Deliberativo (CD) da instituição. Em sua primeira visita oficial à Fiocruz, Padilha conheceu os principais projetos e programas desenvolvidos e apresentou os objetivos e metas que pretende implantar no Ministério da Saúde (MS). Ele também concedeu entrevistas a veículos de comunicação da Fundação, como as revistas Radis, RET-SUS e Poli e o Canal Saúde.


 O ministro Alexandre Padilha fala ao CD da Fiocruz, ao lado do presidente Paulo Gadelha<BR><br />
(Fotos: Peter Ilicciev)

O ministro Alexandre Padilha fala ao CD da Fiocruz, ao lado do presidente Paulo Gadelha

(Fotos: Peter Ilicciev)


Para Padilha, a Fiocruz tem papel decisivo na implementação das políticas públicas do MS e a presidente Dilma Rousseff conta com a colaboração, a experiência e o conhecimento da instituição em sua cruzada contra a miséria, pela desigualdade social e pela melhoria das condições de saúde dos brasileiros. “A Fiocruz é peça fundamental para o Complexo Produtivo da Saúde, por sua capacidade e excelência. Precisamos ampliar o acesso a bens e serviços de saúde e portanto precisamos investir em inovação tecnológica. O Brasil, que deverá ser uma das cinco maiores economias mundiais até 2016, tem tudo para se transformar na grande potência tropical do planeta na área da inovação tecnológica”. Ele disse que também faz falta um diagnóstico completo da atenção básica à saúde e que conta com a Fundação para essa tarefa.


Padilha ressaltou que é necessário repensar a gestão pública no setor da saúde para dar conta das responsabilidades e atender bem à população. “Os atuais modelos gerenciais têm que ser repensados e creio que este debate não pode ser ideologizado, criando uma dicotomia intransponível entre o estatal e o não-estatal. Não tenho bloqueios quanto isso, até porque o Sistema Único de Saúde (SUS) sempre conviveu bem com outros modelos, que foram erroneamente estigmatizados. Há modelos estatais que não têm nada de público e não são centrados no usuário. Mas é claro que o controle deverá ser sempre público”, comentou o ministro.


 Gadelha mostra a Padilha o cenário do Rio de Janeiro visto do terraço do Castelo da Fiocruz

Gadelha mostra a Padilha o cenário do Rio de Janeiro visto do terraço do Castelo da Fiocruz


Ele também garantiu que a presidente Dilma não vai cortar gastos sociais e fortalecerá as políticas do setor. “A redução da pobreza no governo passado permitiu a inclusão no mercado de milhões de pessoas, o equivalente a uma Argentina. E a saúde é fundamental para erradicar a miséria, ampliar a cidadania, melhorar a vida das pessoas, atrair empresas e, consequentemente, empregos e gerar renda”.


O ministro se mostrou particularmente interessado no projeto da Fiocruz que treina profissionais que vão mapear o uso de crack no país. O mapeamento é uma das etapas preparatórias do inquérito, de âmbito nacional, que avaliará o consumo de drogas. O objetivo é fazer um questionário enxuto, mas que consiga abordar várias questões, como comportamento de risco, doenças não infecciosas, transtornos mentais, interação com outras drogas, além de fazer testes de HIV, hepatites e tuberculose. A cooperação internacional da Fundação, que mantém projetos de pesquisa, parcerias e convênios com instituições de 58 países, e a expansão nacional da Fiocruz, com a instalação de unidades em outros estados, também foram elogiadas por Padilha.


Publicado em 4/2/2011.

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