Agência Fiocruz de Notícias

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, visitou o campus Manguinhos na manhã de sábado (16/1), quando conheceu e anunciou à sociedade uma inovação tecnológica – um kit, concebido inteiramente na Fiocruz, que permitirá realizar o diagnóstico simultâneo de zika, dengue e chikungunya em casos suspeitos. Ele cumpriu uma extensa programação na Fundação. Além de participar do lançamento do kit, Marcelo Castro visitou as instalações do Castelo Mourisco, do Centro Integrado de Protótipos, Biofármacos e Reativos para Diagnóstico (CIPBR) do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS) e do Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC).

Depois de percorrer o campus, o ministro se reuniu com o presidente Paulo Gadelha, vice-presidentes, vários diretores de unidades e da Asfoc-SN, na Residência Oficial. O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) do MS, Eduardo Costa, também esteve presente ao encontro, assim como os ex-presidentes da Fiocruz Akira Homma e Paulo Buss.

O novo kit, apresentado em entrevista coletiva no Castelo que teve grande repercussão na imprensa de todo o país, vai garantir maior agilidade para o diagnóstico realizado na rede de laboratórios do MS, também reduzirá os custos e permitirá a substituição de insumos estrangeiros por um produto nacional. A inovação é resultado do trabalho integrado de quatro unidades da Fundação (Instituto Oswaldo Cruz, Fiocruz Paraná, Fiocruz Pernambuco e Bio-Manguinhos) com o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP). Ao final da entrevista, o presidente Paulo Gadelha entregou ao ministro o novo kit. O MS vai encomendar a produção de 500 mil kits pela Fiocruz até o final deste ano.

Em Bio-Manguinhos, o ministro foi informado das demandas e projetos mais expressivos da unidade. Ele também tomou nota das ações necessárias para fazer avançar, dentro do Ministério, projetos como o do Novo Centro de Processamento Final (NCPFI), em Santa Cruz, e o da Empresa Pública Bio-Manguinhos.

No Laboratório de Flavivírus, o ministro conheceu o novo kit que vai garantir maior agilidade para o diagnóstico das doenças e tomou conhecimento das demandas e da rotina dos pesquisadores. Ele também conversou com o vice-diretor do Desenvolvimento Institucional e Gestão do IOC, Valber Frutuoso. Castro ouviu ainda as explicações técnicas feitas pela virologista Ana Bispo, chefe do laboratório, a respeito do processo que levou ao desenvolvimento do kit. O vice-diretor da Fiocruz Paraná, Marco Krieger, também esclareceu detalhes do projeto ao ministro.

Em sua primeira visita à Fiocruz, o ministro ouviu uma apresentação geral da instituição feita pelo presidente Gadelha e reconheceu a abrangência, diversidade e importância da Fundação para o sistema público de saúde e para a ciência, tecnologia e inovação do país. No encontro na Residência Oficial, Castro fez uma avaliação destes primeiros meses à frente do MS, comentou os desafios da saúde pública, listou exemplos de combate à dengue pelo país, criticou a burocracia e morosidade da administração pública, que atravancam projetos e iniciativas, e abordou a limitação orçamentária do Executivo federal. Ele disse que pretende trabalhar em estreita parceria com a Fundação e que vai analisar com atenção as demandas por recursos extras, tendo em vista as restrições atuais. Castro afirmou ainda espera “retornar à Fiocruz, para conhecer outras unidades, contribuições e projetos". O ministro também elogiou a atuação da Fiocruz em pesquisas para o desenvolvimento de uma vacina contra o zika e em novas tecnologias de combate ao Aedes aegypti.

A visita foi importante ao favorecer a interação com diferentes projetos em curso na instituição e para o conhecimento in loco de diversas atividades. Entre elas, a já citada disponibilização do kit para diagnóstico simultâneo, o que trará benefícios para a sociedade neste momento de emergência sanitária, reafirmando o papel da Fiocruz no país e no Sistema Único de Saúde (SUS).