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16/02/2012

Ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação e diretor da Fiocruz Rondônia discutem ações de C&T&I

Nayane Taniguchi


A ida do ministro de Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, juntamente com uma equipe técnica a Rondônia, para fazer uma avaliação dos programas do governo federal voltados para o desenvolvimento científico e tecnológico na Região Amazônica, foi uma das ações pactuadas durante audiência entre o ministro, o diretor da Fiocruz Rondônia, Rodrigo Stabeli, e o vice-diretor de pesquisa da Fiocruz Rondônia, Luiz Hildebrando Pereira da Silva. O encontro foi realizado no último dia 10, em Brasília.


 O ministro de Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, e o diretor da Fiocruz Rondônia, Rodrigo Stabeli, na reunião em Brasília 

O ministro de Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, e o diretor da Fiocruz Rondônia, Rodrigo Stabeli, na reunião em Brasília 





Para o ministro, a avaliação dará mais força ao desenvolvimento de programas do governo federal na região. “A Amazônia é prioridade número um. Nós já temos uma política e vamos incrementá-la, e executar o que já foi planejado. Estamos marcando uma ida a Rondônia para detectar o que funciona e o que não está funcionando bem nesse apoio do governo federal”, afirmou. Raupp acrescentou que o MCTI quer incrementar o segmento de parques tecnológicos na Região Amazônica. “É um esforço de iniciativa governamental com iniciativa privada que queremos gerar, para usar a biodiversidade sem destruir o patrimônio e com sustentabilidade. Este é o nosso norte e nós vamos fazer tudo para tornar essas políticas em realidade”.



Segundo Stabeli, é preciso pensar na regionalização de práticas para o desenvolvimento científico, ou seja, cada estado da Região Amazônica deve ser pensado individualmente, por apresentar problemas sociais, econômicos e políticos diferentes. ”Na Amazônia não se pode usar metas generalizadas apenas por macrorregião, como se tem feito na Política Nacional de Ciência e Tecnologia até o momento”, afirmou o diretor. Stabeli disse ainda que a região é muito heterogênea em diversos aspectos, como acessibilidade, inclusão digital, relevo, comportamento social, entre outros. “O ministro se mostrou aberto e entendeu que não se deve tratar desta forma, inclusive nos passou a missão de fazer com que o mecanismo científico-tecnológico que está sendo implantado em Rondônia, que é o de associar ciência e tecnologia na agregação de valores para a promoção da redução da iniquidade social, seja o primeiro modelo experimental a ser implementado em outro estado”, afirmou.


Durante a reunião, Stabeli apresentou o projeto do complexo tecnológico em saúde e as atividades realizadas na Fiocruz Rondônia, falou sobre as necessidades locais e de uma presença mais acentuada do MCTI nas ações de desenvolvimento científico e tecnológico para a região. “É preciso investimento federal para enriquecer as bases de conhecimento, qualificar a mão-de-obra local e se criar, desde a alfabetização, a cultura científica como mecanismo não somente do saber, mas sobretudo do empreender. Uma das missões da Fiocruz é levar gestão do conhecimento para a região”, afirmou o diretor.



Além de propor o lançamento do Polo Tecnológico em Saúde da Fiocruz em Rondônia como modelo do desenvolvimento científico e tecnológico regional, o ministro Raupp citou, como primeira ação, a elaboração de um balanço de todos os programas do Ministério na Região Amazônica por meio de um workshop previsto para maio. “Vamos começar a atuar in loco e fazer uma discussão na região para ver como estão esses projetos”, afirmou.


Visita à deputada federal



Ainda no dia 10, o diretor e o vice-diretor de Pesquisa da Fiocruz Rondônia estiveram reunidos com a deputada federal Marinha Raupp (PMDB-RO) para discutir a consolidação das propostas orçamentárias para a construção da sede da Fiocruz Rondônia. Stabeli explicou que, na época em que a Fiocruz lançou o processo de nacionalização e escolheu o estado como um dos pontos de expansão, a deputada foi a liderança que mobilizou a bancada garantindo a presença da Fiocruz, por meio da absorção dos trabalhos já realizados pelo Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais (Ipepatro). “A reunião com a deputada foi importante para expor que, com o cenário favorável da CTI nacional, estamos preparados para a construção do Polo Tecnológico em Saúde e a sede da Fiocruz Rondônia. É preciso retomar as negociações com a bancada federal de apoio para que o polo, que está previsto no PAC, possa ser concretizado como ponto de partida para a difusão da C&T&I em saúde”.


Publicado em 14/2/2012.

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