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29/10/2012

Ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação fala sobre importância da Fiocruz Rondônia para o desenvolvimento da Amazônia

Cecília Lopes e Nayane Taniguchi


A importância de uma unidade da Fiocruz em Rondônia para fomentar o desenvolvimento de ciência e tecnologia na Região Amazônica foi reforçada pelo ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, em entrevista exclusiva à Assessoria de Comunicação da Fiocruz Brasília, realizada durante a visita às instalações da instituição em Rondônia, no última semana (24/10). Para o ministro, a Fiocruz Rondônia tem condições de orientar a atuação de outras organizações em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) no estado e a capacidade de ser um catalizador de atividades de C&T na Região.


 O ministro Marco Antonio Raupp (esquerda), o diretor da Fiocruz Rondônia, Rodrigo Stabeli, e a vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Claude Pirmez, que representou o presidente Paulo Gadelha durante visita a unidade da Fundação (24/10). Foto: Nayane Taniguchi.  

O ministro Marco Antonio Raupp (esquerda), o diretor da Fiocruz Rondônia, Rodrigo Stabeli, e a vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Claude Pirmez, que representou o presidente Paulo Gadelha durante visita a unidade da Fundação (24/10). Foto: Nayane Taniguchi.  





Qual a importância da Fiocruz para o desenvolvimento de Ciência e Tecnologia no estado de Rondônia?



Marco Antonio Raupp: A Fiocruz é um sonho, é um desejo que a gente tem para organizar a atividade de ciência e tecnologia do Estado de Rondônia. É uma instituição tradicional, que tem prestígio para influenciar positivamente, inclusive as políticas de outras organizações aqui, e tem capacidade de galvanizar (dar vida ou energia) e de ser um catalizador de atividades de C&T aqui na Região.



De que maneira a Fiocruz Rondônia pode contribuir para o Plano de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Amazônia?  



Raupp: Instrumentalizando o Ipepatro (Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais de Rondônia), cooperando com a Universidade Federal de Rondônia, como já é feito, e participando decididamente na instrumentalização do Complexo Tecnológico em Saúde. A Fiocruz tem tudo a oferecer: experiência, e mais a capacidade e o entusiasmo dos colegas daqui da Universidade do estado. Com tudo isso, temos condições de fazer um bom trabalho. Nós estamos em uma área importantíssima para a Região com essa questão de medicina tropical, de saúde, e na questão de desenvolvimento de fármacos para as doenças tropicais.


Quais as impressões do senhor após a vista à unidade da Fiocruz Rondônia?



Raupp: Eu achei muito boa, muito bem equipada, sob a liderança do professor Luiz Hildebrando que é o próprio entusiasmo. Enfim, a Fiocruz tem condição de orientar atuações de outras organizações em Pesquisa e Desenvolvimento no estado, e tem exemplo para isso. Os projetos que eles vão fazer aqui podem modelar o desenvolvimento em outras áreas. Destaco também que a presença da vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência (Claude Pirmez) é de grande importância, conversamos e percebi que ela é uma pessoa que se interessa pela região e que vai dar força às atividades que se desenvolvem nesta unidade.



Como o senhor planeja a divisão do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT)?



Raupp: Nós temos disponíveis R$ 4,5 bilhões, e temos que definir projetos para usarmos com eficiência o FNDCT. No final do ano será realizada uma reunião para a gente definir quais são os projetos que vamos aprovar para 2013. Os recursos do FNDCT serão para isso e também para o Brasil inteiro, mas certamente nós queremos destacar a Amazônia.



O que eu estou querendo fazer na semana que vem lá em Manaus (em 29 de outubro haverá uma reunião do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de CT&I) é exatamente estimular todos os estados para que tenham a abordagem urgente e adequada na proposição de projetos para poder utilizar o recurso do FNDCT.



O presidente da FAP (Alberto Lourenço) ira à reunião, o Rodrigo, diretor da Fiocruz Rondônia, também. Nós vamos lançar algum tipo de ideia que possa congregar todos os estados a apresentarem propostas. Evidentemente que a aprovação e o nível de investimento são negociáveis. O projeto deve ser valorado do ponto de vista científico, tecnológico, mas nós temos obrigatoriamente que ter um programa, que significa um conjunto de projetos, para incrementar as atividades de ciência e tecnologia na Amazônia, especialmente aquelas voltadas para o aproveitamento econômico dos recursos da biodiversidade, das águas, etc. São os recursos naturais que existem aqui.   



Quais são os desafios para estabelecer uma política de C&TI na Região Amazônica?



Raupp: Normalmente os recursos são destinados para propostas e projetos de instituições e pessoas que já estão acostumadas e acompanham as políticas de fomento. O pessoal daqui não acompanha direito. Eu quero que as Secretarias de Ciência e Tecnologia, as Fundações de Apoio a Pesquisas (FAPs) acompanhem e estimulem as instituições daqui a se apresentarem para o jogo. E como não vai ter contingenciamento, nós temos boas possibilidades de usar bastante recurso, agora, tem que ter projeto bom.



Publicado em 29/10/2012.

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