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25/07/2008

Morre um dos mais importantes articuladores da Reforma Sanitária


Com bela trajetória na área da saúde pública, em geral, e na Fiocruz, em particular, o sanitarista Dalton Mario Hamilton – um dos mais importantes articuladores da Reforma Sanitária brasileira – faleceu na madrugada desta sexta-feira (25/07), aos 75 anos, de infarto do miocárdio. De setembro de 1978 a 1986, ele foi pesquisador titular da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) da Fiocruz, exercendo atividades de pesquisa e docência na área de planejamento em saúde. Entre 1986 e 1989, ocupou os cargos de superintendente de Administração Geral e superintendente de Planejamento da Fiocruz. Foi também diretor-superintendente do Instituto Oswaldo Cruz de Seguridade Social (FioPrev). O FioPrev iniciou suas atividades como fundo de pensão em 1987, na gestão de Dalton Mario Hamilton, que trabalhou de forma decisiva na construção de uma entidade de previdência complementar para os servidores da Fiocruz. Além disso, atuou  como vice-diretor da Ensp em 1991 e 1992 e como vice-presidente de Desenvolvimento Institucional da Fundação de 1993 a 1996. Atualmente, estava aposentado. Deixou esposa, seis filhos e netos.


 Dalton Mario Hamilton (1932-2008) (Foto: Jorge de Carvalho) 

Dalton Mario Hamilton (1932-2008) (Foto: Jorge de Carvalho) 


Dalton Mario Hamilton nasceu em 15 de agosto de 1932, em Buenos Aires, na Argentina. Formado em medicina pela Universidade de Buenos Aires, em 1958, especializou-se em pediatria, clinicando em hospital da rede pública e participando das campanhas de combate à diarréia estival.


Seu interesse pela saúde pública levou-o a realizar o curso de pós-graduação da Escola Nacional de Saúde Pública de Buenos Aires, em 1963, e o master of science em população na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Desde então, sua atuação profissional se desenvolveu em três áreas intimamente relacionadas: sistemas de informação, investigação e planejamento em saúde.


Ainda em 1963, foi contratado pelo Ministério da Saúde Pública da Argentina para implantar, na província de Tucumán, o Programa de Estadísticas Vitales e Información Básica para los Servicios Públicos de Salud, experiência que foi estendida a todo o território argentino.


De 1969 a 1973, participou do projeto Estudio sobre Salud y Educación Médica, inicialmente como chefe da equipe de demografia e depois como diretor executivo, desenvolvendo pesquisas relacionadas ao planejamento global de atenção médica, estudos sobre a formação e a oferta de recursos humanos e sobre a rede de serviços de saúde.


A crise política na Argentina e o conseqüente golpe militar, ocorrido em 1976, levaram-no a exilar-se no Brasil. Após uma rápida passagem como consultor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), foi convidado pela Unidade de Planificação, Pesquisa e Programas Especiais (Pappe) do Ministério da Saúde do Brasil para assessorar a programação do Sistema Integrado de Prestação de Serviços de Saúde de Montes Claros (MG) e de Caruaru (PE).


Fonte: Casa de Oswaldo Cruz


Publicado em 25/07/2008

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