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04/10/2011

MS e Fundação lançam ferramenta para melhorar atendimento ao idoso

Neyfla Garcia e Tinna Oliveira


Em comemoração ao Dia Nacional e Internacional da Saúde do Idoso (1º de outubro), o Ministério da Saúde lançou nesta segunda-feira (3/10), em parceria com o Laboratório de Informações em Saúde da Fiocruz, uma ferramenta que fornecerá a gestores e profissionais de saúde informações que auxiliem na tomada de decisões e no planejamento de ações para a população idosa. O Sistema de Indicadores de Saúde e Acompanhamento de Políticas do Idoso (Sisap-Idoso) foi lançado no seminário Relevância da informação para a construção e efetivação de política pública de saúde do idoso.


 O Brasil, hoje, apresenta um contingente de aproximadamente 21 milhões de idosos (pessoas com idade igual ou superior a 60 anos); em 2025 esse número passará para 32 milhões

O Brasil, hoje, apresenta um contingente de aproximadamente 21 milhões de idosos (pessoas com idade igual ou superior a 60 anos); em 2025 esse número passará para 32 milhões


Pelo Sisap-Idoso é possível fazer a consulta online dos indicadores, doenças, decretos, legislação, políticas públicas e programas que contemplam a saúde do idoso em todos os estados e municípios brasileiros. A ferramenta também possibilita sistematizar e acompanhar as políticas, programas e instrumentos de gestão, como o Pacto pela Vida, relacionados com a saúde do idoso, e estará disponível no site do Ministério da Saúde. “O espaço contará com todo tipo de informação, que servirá para auxiliar na formulação e planejamento de ações para a saúde do idoso”, afirma a coordenadora da área técnica de Saúde do Idoso, Luiza Machado.


A atualização do sistema também será realizada pelos municípios, que receberão treinamentos para abastecer o site. Luiza Machado explica que a medida servirá para melhorar o atendimento. “Se no interior do Amazonas for verificada uma doença que não está sob controle, ao botarmos a informação no sistema teremos condições de averiguar o que está acontecendo e solucionar rapidamente o problema”, destaca.


Estatísticas


O Brasil apresenta um contingente de aproximadamente 21 milhões de idosos (pessoas com idade igual ou superior a 60 anos). Em 2025 esse número passará para 32 milhões, quando o país ocupará o sexto lugar no mundo em população idosa, e em 2050 o percentual de idosos será igual ou superior ao de crianças até 14 anos. Existem diversos fatores que contribuem para a maior expectativa de vida e para o aumento da população idosa. Esse segmento etário tem crescido de forma rápida e, dentro do grupo, os denominados “mais idosos, muito idosos ou idosos em velhice avançada”, acima de 80 anos, também vêm aumentando proporcionalmente e de maneira mais acelerada, constituindo o segmento populacional que mais cresceu nos últimos tempos, representando mais de 12% da população idosa.


O efeito entre a redução dos níveis de fecundidade e de mortalidade no Brasil tem produzido transformações no padrão etário da população, sobretudo a partir dos anos 1980. O ganho sobre a mortalidade e, como consequência, o aumento da expectativa de vida, associam-se à relativa melhoria no acesso da população aos serviços de saúde, às campanhas de vacinação, aos avanços tecnológicos da medicina, ao aumento do nível de escolaridade e de educação, aos investimentos na infraestrutura de saneamento básico, ao incentivo a medidas de prevenção das doenças e promoção da saúde, à percepção dos indivíduos com relação às enfermidades.


Plano


Para estimular um envelhecimento ativo e saudável entre a população brasileira, o Ministério da Saúde dispõe do Plano de Ações de Enfrentamento às Doenças Crônicas Não Transmissíveis, que propõe estratégias que visam fortalecer o envelhecimento ativo de forma saudável. Para garantir que o envelhecimento seja uma experiência positiva, deve ser acompanhado de oportunidades contínuas de saúde, participação e segurança. As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são as principais causas de óbitos no mundo, sendo responsáveis por um elevado número de mortes prematuras e incapacidades. No Brasil, as DCNT se constituem no problema de saúde de maior magnitude, correspondendo a 72% das causas de mortes.


Fonte: Agência Saúde


Publicado em 3/10/2011.

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