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24/09/2010

Museu da Vida abre as portas para o mundo microscópico


O que seria da ciência se ela contasse apenas com o alcance da visão humana? Como conheceríamos as células, o DNA, os átomos? Como saberíamos que a Terra é apenas um planeta do sistema solar, que é parte de uma dentre inúmeras galáxias do universo? Felizmente, o homem não tardou a perceber que a sua visão é muito limitada e tratou de construir instrumentos que lhe permitisse enxergar melhor o mundo a sua volta. Um desses instrumentos é o microscópio. É a esse objeto que o Museu da Vida, centro de ciência interativo da Fiocruz, dedica duas novas exposições: Mundo invisível: a história da microscopia e Micrographia: Admirável mundo novo. Ambas serão inauguradas nesta sexta-feira (17/9).


 Foto de piolhos que integra a exposição do Museu da Vida

Foto de piolhos que integra a exposição do Museu da Vida


Partindo do século 17, quando o holandês Antonie van Leeuwenhoek usou pela primeira vez o microscópio para observar seres humanos (seres vivos), Mundo invisível faz um sobrevôo pela história do instrumento que se tornou um dos ícones da ciência. A viagem termina nos dias atuais, marcados por importantes avanços na microscopia. Todo esse percurso é pontuado por microscópios das mais diversas épocas, com destaque para réplica de um dos primeiros exemplares da história, desenvolvido pelo próprio Leeuwenhoek. A mostra traz ainda imagens ampliadas incríveis de pequenos insetos e micro-organismos que permeiam o nosso cotidiano, mas que não podemos ver a olho nu.


Em Micrographia, a personagem central ainda é o microscópio, mas, desta vez, ele é apresentado pelas lentes do polêmico Robert Hooke, que teve papel fundamental no desenvolvimento da microscopia. Além de demonstrar o poder e a utilidade do instrumento, o cientista britânico foi o primeiro a ensinar como usá-lo. Nesta exposição, o visitante terá a oportunidade de ver as primeiras observações feitas por Hooke, talentosamente ilustradas pelo cientista e registradas em seu livro Micrographia, de 1665.


“Até o século 17, a percepção que tínhamos de mundo era bem diferente da que temos hoje. Com o desenvolvimento e o aperfeiçoamento do microscópio, abriram-se as portas para que víssemos em universo até então invisível a nossos olhos, muitas vezes bem debaixo de nosso nariz. O objetivo dessas exposições é justamente explorar este admirável mundo invisível”, afirma a chefe do Museu da Vida, Luisa Massarani. “A pergunta que fica é: que mundos estão bem debaixo de nosso nariz e não conseguimos ainda ver porque não temos as ferramentas que permitem isto?”, provoca.


Esforço conjunto


Parte das peças da exposição Mundo invisível pertence ao acervo do Museu do Microscópio, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ainda não aberto ao público, o museu tem a mais completa coleção de microscópios do Rio de Janeiro. Os demais objetos expostos fazem parte do acervo histórico da Fundação Oswaldo Cruz, sob guarda da Reserva Técnica do Museu da Vida. Além do Museu da Vida e do Museu do Microscópio, a Universidade Santa Úrsula e a Fundação Cecierj/Consórcio Cederj compõem o time responsável pela realização da exposição.


Serviço


Mundo invisível: história da microscopia e Micrographia: admirável mundo novo

Inauguração: 17 de setembro de 2010, às 15h30

Visitação até 30 de novembro: terça a sexta-feira, de 9h às 16h30 (com agendamento); sábado, de 10h às 16h

Local: Sala de Exposições e Foyer do Museu da Vida, no campus da Fiocruz (Avenida Brasil 4.365, Manguinhos)

Informações: (21) 2590-6747 / recepcaomv@coc.fiocruz.br


Publicado em 16/9/2010.

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