Agência Fiocruz de Notícias

A nanotecnologia não desperta o interesse apenas de cientistas. Ela tem chamado a atenção também de empresários. “Na escala nano, novas propriedades estão sendo descobertas, o que gera um grande potencial de aplicação das tecnologias em todos os setores econômicos”, afirma Gustavo Simões, pesquisador e empresário, presidente da Nanox. No 7º Seminário Internacional de Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente, promovido pela Fiocruz, de 10 a 12 de novembro, no Rio de Janeiro, ele participará da mesa-redonda Nanotecnologias e saúde: usos atuais e nos próximos dez a 15 anos.

“No setor da saúde, a nanotecnologia tem diversas aplicações, sendo as principais em fármacos, equipamentos de análise, materiais e utensílios médicos”, conta. "Uma importante classe de materiais nanotecnológicos aplicados ao setor de saúde são os antimicrobianos. A nanotecnologia potencializa o efeito antimicrobiano da prata, permitindo aplicações que antes não eram possíveis. As nanopartículas de prata podem ser incorporadas diretamente nos polímeros dos produtos médicos, adicionadas a pomadas ou aplicadas a superfícies metálicas de instrumentos cirúrgicos, tornando-os livres de bactérias”.

Ganhadora do prêmio Inovação Tecnológica da Finep em 2007, a Nanox foi criada em 2005 e é uma das primeiras empresas de nanotecnologia do Brasil. Com sede em São Carlos (SP), ela teve origem na universidade e, apoiada em instituições e centros de pesquisa nacionais e internacionais, ela desenvolve soluções com materiais “inteligentes” que podem ser adotadas pelas indústrias. Do trabalho com nanotecnologia derivou, por exemplo, uma linha de produtos antimicrobianos. De acordo com o site da empresa, “o modelo clássico de inovação diferencia-se na Nanox pela capacidade ímpar da empresa de transformar o conhecimento de nanotecnologia em soluções úteis para a melhoria da qualidade de vida e para a competitividade dos negócios que as adotam”.

Publicado em 8/11/2010.