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06/11/2020

Fiocruz participa de Fórum Brasil África

Julia Dias (Agência Fiocruz de Notícias)


A Fiocruz participou do Fórum Brasil África, que este ano teve como foco os desafios trazidos pela pandemia. Com a intenção de estreitar as relações Brasil e África, o Fórum reúne autoridades e especialistas de alto nível para discutir saúde global, sistemas nacionais de saúde, recuperação econômica, comércio e finanças, cooperação internacional, ciência e tecnologia, comunidades vulneráveis, pobreza e fome, experiências regionais, respostas locais e cenários futuros. 

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, participou da plenária sobre Saúde Global, que aconteceu na terça-feira (3/11) e teve como mote Incrementando investimentos para obtenção de melhores resultados. Na plenária, foram debatidos os cenários de recuperação no pós-pandemia, que apesar de não ter sido tão dura no continente africano quanto em outros lugares do mundo, afetou profundamente a economia local. A pandemia deixou clara a relação entre saúde e economia e os debatedores da plenária discutiram como os investimentos em saúde podem ser melhor direcionados no futuro.

Em sua fala, a presidente da Fiocruz defendeu que a Agenda 2030, com seus Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), deve ser um guia nas soluções pós-pandemia. Nísia também defendeu a cooperação internacional e o fortalecimento de sistemas de saúde como formas de aumentar o preparo para novas crises. Ela defendeu o acesso universal a vacinas e tratamentos para Covid-19, como foi decidido na Assembleia Mundial da Saúde.

A presidente apresentou as ações da Fiocruz no Brasil durante a pandemia e citou o projeto Conexão Saúde: de olho na Covid-19, que faz uso de atenção primária e agentes da saúde para vigilância em favelas, como um exemplo que pode ser adotado em países africanos. "Não só a tecnologia, mas a organização de sistemas de saúde também pode pode ser uma inovação", afirmou. A Fiocruz possui atualmente inúmeras cooperações com países africanos, principalmente os de língua portuguesa.

Nísia ressaltou que a saúde deve ser vista como uma solução para a crise, também do ponto de vista econômico. "A saúde gera empregos e renda", disse ao defender a ideia de um complexo econômico e industrial da saúde como motor para o desenvolvimento.

Além da Fiocruz, participaram da plenária o Presidente do Fundo Global, Enviado Especial da União Africana para a África e fundador e sócio-gerente do SouthBridge Group, Donald Kaberuka, a Enviada Especial da União Africana para Mulheres, Paz e Segurança, Bineta Diop, o ex-vice-presidente e diretor executivo do Banco Mundial, Otaviano Canuto, e o cofundador da Sphera Global Health Care, Carlos Malet.

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