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26/05/2022

Evento do IOC/Fiocruz inicia celebração dos 122 anos da unidade

Kadu Cayres, Maíra Menezes e Max Gomes (IOC/Fiocruz)


Após dois anos de celebrações virtuais devido à pandemia de Covid-19, as comemorações pelos 122 anos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foram abertas em clima de emoção e com a reafirmação do compromisso histórico do IOC com a ciência e a saúde. Na ocasião que marca os 150 anos do nascimento de Oswaldo Cruz, o legado do patrono da instituição foi destacado com o tema IOC 122 anos: Oswaldo Vive.

A cerimônia realizada nesta quarta-feira, 25 de maio, data de aniversário compartilhada pelo IOC e pela Fiocruz, deu a partida na programação comemorativa de dois dias, que ocorre em formato híbrido, com atividades presenciais no Auditório Emmanuel Dias, do Pavilhão Arthur Neiva, no campus da Fiocruz em Manguinhos, no Rio de Janeiro, e transmissão ao vivo pelo canal do IOC no YouTube. O próximo dia de atividades será na sexta-feira, 27 de maio (confira a programação).

Diante da plateia virtual e presencial, a mesa de abertura reuniu a diretora do Instituto, Tania Araujo-Jorge; o vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Mário Moreira; e o representante do Conselho Deliberativo da Fiocruz e diretor do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), Mauricio Zuma.

“É com alegria e emoção que estou, na manhã deste 25 de maio de 2022, dando início às atividades de comemoração do aniversário do IOC, que celebra também o aniversário do nascimento de Oswaldo Cruz, nosso patrono. É um dia muito especial para todos nós da Fiocruz”, destacou Tania, convidando o público para participar ativamente das atividades dos dois dias.

A tradição e a relevância atual do IOC foram destacadas na mesa de abertura (foto: Gutemberg Brito, IOC/Fiocruz)
 
 

O caráter originário do IOC para diferentes unidades da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) foi trazido por Zuma, que utilizou como exemplo o contexto de Bio-Manguinhos. “O Instituto Oswaldo Cruz tem interações com toda a Fiocruz. Mais do que um parceiro, nós somos frutos do IOC. Bio-Manguinhos nasceu a partir do Departamento de Produção do Instituto”, afirmou.

Ao longo de sua fala, Zuma realçou projetos de cooperação em andamento entre as duas instituições, incluindo ações para o enfrentamento da Covid-19, desenvolvimento de vacinas com tecnologia de RNA mensageiro, trabalhos com proteína recombinante para vacina de malária e produção de biofármaco não tóxico e de amplo espectro para utilização no tratamento de doenças como o câncer.

“Essa história vai continuar por muitos anos e, certamente, com muito êxito. Não apenas em projetos, mas também com recursos humanos. Diversos pesquisadores já foram de Bio-Manguinhos para o IOC e vice-versa. Temos um futuro para trazer muitos resultados para o nosso SUS e sociedade, buscando formas de ampliar ainda mais nossa colaboração”, declarou.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, que não pôde comparecer presencialmente ao evento devido à reunião da Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, na Suíça, deixou uma mensagem gravada em vídeo, na qual exaltou o tema da celebração e apontou a importância do IOC para a Fundação.

“O lema escolhido para esta celebração não poderia ser mais oportuno, ‘Oswaldo Vive’. Neste ano, em que celebramos os 150 anos do nascimento de Oswaldo Cruz, e que nos defrontamos com um período ainda de grandes desafios relacionados à pandemia da Covid-19, o nome de Oswaldo Cruz é uma referência quando pensamos na ciência dedicada a resolver as grandes questões de saúde, tanto na nossa sociedade, quanto de um mundo que precisa de mais ciência, tecnologia e inovação comprometida com a maior equidade e justiça social”, afirmou.

Em mensagem gravada, a presidente da Fiocruz deixou um recado para os trabalhadores e estudantes do IOC/Fiocruz (foto: Reprodução)
 
 

Nísia lembrou que a Assembleia acontece presencialmente pela primeira vez após dois anos de realização remota em razão da pandemia da Covid-19, e que serão debatidos o fim da atual emergência mundial de saúde pública e um melhor preparo para futuras pandemias. “Os desafios são muitos. Levarei a voz da Fiocruz, no seu esforço incansável, reunindo todos os nossos institutos, em todas as regiões do Brasil, em todas as áreas do conhecimento em saúde. Nesse sentido, o Instituto Oswaldo Cruz desempenha, como sabemos, o papel de maior relevo”, reiterou.

A presidente aproveitou para convidar o público para participar das atividades de comemoração dos 122 anos da Fundação Oswaldo Cruz, agendadas para 2 e 3 de junho.

Encerrando a mesa de abertura, Mário Moreira destacou a relevância da atuação do IOC em nível nacional e global. “O Instituto Oswaldo Cruz reúne pesquisa, ensino, extensão e referência. É uma base não somente científica e de formação de quadros, mas também para abordagens de grandes questões. O mundo, hoje, não deve mais pensar saúde do ponto de vista das nações, mas de um complexo sistema global de intensa troca e movimento populacional”, enfatizou.

Os obstáculos para financiamento da ciência também foram destacados pelo vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fiocruz. “Um conjunto de desafios que vivemos no cotidiano são as questões relacionadas a financiamento, que refletem um pouco como a ciência vem sendo tratada no Brasil. Esse é um elemento de esforço conjunto do IOC e da Presidência da Fiocruz: mitigar situações derivadas do sub-financiamento da ciência”, concluiu.

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