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26/10/2007

Incentivo para o SUS dá menções honrosas a pesquisadores da Fiocruz

Bel Levy


Para estimular o desenvolvimento de pesquisas científicas com alto potencial de aplicação pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde promove desde 2002 o Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS, que por meio das categorias Especialização, Mestrado, Doutorado e Trabalho Publicado reconhece iniciativas em ciência e tecnologia que valorizam o benefício da sociedade. A cada ano, 24 trabalhos são contemplados – em cada categoria, um é premiado e cinco recebem menções honrosas. Nesta edição, o artigo Proteínas LIGS como marcador de leptospirose aguda, publicado por pesquisadores da Fiocruz no Journal of Clinical Microbiology, recebeu o prêmio da categoria trabalho publicado. Quatro estudos desenvolvidos no Instituto Oswaldo Cruz (IOC) da Fiocruz receberam menção honrosa, nas categorias Mestrado, Doutorado e Trabalho Publicado.


 Caroline Passaes e Cláudio Cirne receberam menção honrosa por mestrado e doutorado sobre HIV-1

Caroline Passaes e Cláudio Cirne receberam menção honrosa por mestrado e doutorado sobre HIV-1


Nas categorias Mestrado e Doutorado, duas pesquisas sobre o vírus HIV tipo 1 (HIV-1) desenvolvidas no IOC receberam menção honrosa. Um dos estudos, desenvolvido por Caroline Pereira Bittencourt Passaes durante o mestrado em biologia parasitária, promoveu a caracterização da diversidade genética da enzima integrase do HIV-1, essencial para o ciclo de replicação do vírus, com o objetivo de identificar se a região permaneceria como um alvo íntegro para o tratamento, apresentando baixa taxa de mutação. Os resultados descrevem a integrase como uma proteína altamente conservada, que pode por isso ser considerada um alvo terapêutico promissor para o tratamento da Aids e a produção de vacinas. O estudo Caracterização molecular da região da integrase do gene pol de subtipos de HIV-1 prevalentes no Brasil: avaliação de marcadores de resistência e antigenicidade foi desenvolvido no Laboratório de Aids e Imunologia Molecular do IOC, sob orientação da imunologista Mariza Morgado, chefe do laboratório.


A partir de abordagem distinta, a tese Atividade antiretroviral do diterpeno 8,10, 18-trihydroxy-2, 6-dolabelladiene (dolabelladienetriol): análise dos efeitos inibitórios sobre a enzima transcriptase reversa e a replicação do HIV-1, concluída pelo pesquisador Cláudio Cirne em 2006 como resultado de uma parceria entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro e o Laboratório de Imunologia Clínica do IOC, recebeu menção honrosa na categoria Doutorado. O estudo aponta a capacidade de um composto químico extraído da alga marinha Dictyota pfaffi inibir a replicação do HIV-1. Em testes in vitro, o composto apresentou baixa citotoxicidade e produziu bloqueio significativo da replicação do HIV-1, independentemente do fenótipo viral. O trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Imunologia Clínica do IOC, sob orientação do pesquisador Dumith Chequer Bou-Habib.


 Flávia Barreto dos Santos, primeira autora de artigo sobre dengue publicado na revista<EM> Clinical and Vaccine Immunology</EM>, também recebeu menção honrosa

Flávia Barreto dos Santos, primeira autora de artigo sobre dengue publicado na revista Clinical and Vaccine Immunology, também recebeu menção honrosa


Dois artigos produzidos por pesquisadores do IOC receberam menção honrosa na categoria Trabalho Publicado: Recombinant Polypeptide Antigen-Based Immunoglobulin G Enzyme-Linked Immunosorbent Assay for Serodiagnosis of Dengue, publicado na revista Clinical and Vaccine Immunology pelos pesquisadores do Laboratório de Flavivírus Flavia Barreto dos Santos, Rita Nogueira, Monique Lima, Thatiane de Simone, Hermann Schatzmayr, Elezer Lemes, Eva Harris e Marize Miagostovich; e Hantavirus infection in Brazil: development and evaluation of an enzyme immunoassay and immunoblotting based on n recombinant protein, produzido por pesquisadores do Instituto de Biologia Molecular do Paraná em co-autoria com a pesquisadora Elba Lemos, do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC e publicado na revista Diagnostic Microbiology and Infectious Disease.


Na edição de 2006, o estudo premiado na categoria Mestrado também foi desenvolvido no IOC. A tese de Waldemir Castro – produzida durante o mestrado profissional em tecnologia de imunobiológicos de Biomanguinhos, em convênio com o mestrado em biologia celular e molecular do IOC – propõe um método rápido e eficiente para a detecção do rotavírus, capaz de diagnosticar a infecção em apenas três minutos. O trabalho de Waldemir foi desenvolvido sob orientação de Jussara Pereira do Nascimento, pesquisadora de Biomanguinhos, e José Paulo Gagliardi Leite, chefe do Laboratório de Virologia Comparada do IOC.

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