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26/06/2007

Fabíola de Aguiar Nunes é a nova diretora da Fundação em Brasília

Valeria Padrão


A unidade da Fiocruz em Brasília tem uma nova diretora. É a médica sanitarista Fabíola de Aguiar Nunes, mestre em saúde pública com concentração em administração hospitalar e serviços de saúde pela Universidade da Califórnia, e com aperfeiçoamento em epidemiologia pela Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp). Fabiola tem a sua trajetória profissional norteada pelo campo da saúde pública, nas áreas de serviços e ensino. Ela já havia estado no cargo em 2001 e permaneceu até 2003, quando solicitou afastamento em virtude de doença na família.


 A nova diretora da Fiocruz em Brasília, Fabíola de Aguiar Nunes (Foto: Ana Limp)

A nova diretora da Fiocruz em Brasília, Fabíola de Aguiar Nunes (Foto: Ana Limp)


Nos anos 1970, as mudanças promovidas por ela no âmbito do Hospital Universitário Edgard Santos, da Universidade Federal da Bahia, desencadearam a reorganização de serviços de arquivo médico e estatístico em diversos hospitais universitários, atividade que resultou em convites da Secretaria de Ensino Superior, do então Ministério da Educação e Cultura, para compor grupos de trabalho interministeriais que tratavam da reformulação dos hospitais universitários. No âmbito estadual, assumiu a direção do 9º Centro de Saúde de Salvador.


No inicio da década de 80 atuou como oficial da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) nos seis países da América Central - Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica e Panamá - em programas de saúde comunitária com foco na formação de pessoal de saúde para reorganização dos serviços de atenção primária.


No período de 1985 a 1987 assumiu a Secretaria Nacional de Programas Especiais de Saúde do Ministério da Saúde. Na sua gestão foram fortalecidos e dinamizados programas como os de controle de infecção hospitalar, da hanseníase, da tuberculose, de assistência integral à saúde da mulher e da criança. Ação articulada com a então Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária resultou na retirada do mercado de todos os desinfetantes de uso hospitalar no país por absoluta ineficácia. O Programa Brasileiro de Controle da Hanseníase foi reorganizado e passou a ser referência internacional. O embrião do hoje Programa Nacional de controle de DST/Aids é criado no âmbito da Divisão de Dermatologia Sanitária. Foi delegada do Ministério da Saúde na 8ª Conferência Nacional de Saúde.


Na Assembléia Nacional Constituinte acompanhou o processo de elaboração do capítulo referente à saúde por indicação do Núcleo de Estudos em Saúde Pública do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília. Na mesma universidade, assumiu a responsabilidade pela disciplina administração de serviços de saúde, nos cursos de medicina, enfermagem e odontologia, e participou do processo de elaboração do curso de farmácia.


Na década de 1990, atuou no Hospital da Universidade de Brasília e após aprovação em concurso público para a Fundação Hospitalar do Distrito Federal assumiu a coordenação da Equipe Distrital de Controle de Infecções do DF. Posteriormente, assume a chefia do serviço de controle de infecções hospitalares do Hospital Regional de Sobradinho do Distrito Federal.


Em 1995, assumiu a Coordenação do Conselho Nacional de Saúde a convite do ministro Adib Jatene. Na sua gestão foi elaborada e aprovada, entre outras, a resolução 196/96, que estabelece diretriz e normas para pesquisas envolvendo seres humanos. O Plano de Erradicação do Aedes aegypti do Brasil foi formulado sob sua coordenação.


Em 1997 retornou ao Hospital de Sobradinho, onde organizou o trabalho de controle e combate ao mosquito transmissor do dengue e iniciou a implantação do Programa Saúde em Casa, precursor do Saúde da Família. Fabiola reassumiu as atividades de médica sanitarista na Fundação Hospitalar do Distrito Federal, aposentando-se em julho de 2005.

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