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12/09/2006

Seleção de projetos dá início às atividades de novo centro da Fiocruz

Catarina Chagas


A construção do prédio só termina em 2008, mas a formação de recursos humanos do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS) já começa a todo vapor. O novo núcleo da Fiocruz, que terá atividades voltadas sobretudo a doenças negligenciadas e condições de saúde de importância epidemiológica ou econômica para o Brasil, deu início ao recrutamento de pesquisadores com o estabelecimento de um convênio com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação para o financiamento de 22 bolsas de estágio pós-doutoral para pesquisadores brasileiros e 15 bolsas para pesquisadores visitantes estrangeiros.


"Muito além de ser apenas um novo prédio no campus, o CDTS representa uma nova política institucional, que é a aposta na integração plena entre pesquisa, desenvolvimento e produção", conta Carlos Morel, coordenador do Centro. O projeto acompanha iniciativas já instauradas como o Programa para o Desenvolvimento Tecnológico de Insumos para a Saúde (PDTIS), direcionado a vacinas, medicamentos, insumos diagnósticos e bioinseticidas, e o Programa para o Desenvolvimento Tecnológico em Saúde Pública (PDTSP), que busca desenvolver políticas e estratégias de saúde.


Entre as áreas contempladas pelo financiamento do CDTS, estão as plataformas de Pesquisa e Desenvolvimento (genômica, proteômica, bioinformática etc.), que geram informações, e as de Desenvolvimento Tecnológico (toxicologia, produção e purificação de proteínas recombinantes e anticorpos monoclonais, coleções biológicas etc.), que geram ou lidam com produtos.


"Mas desenvolvimento tecnológico não é só criar plataformas, é também trabalhar a questão da gestão, que inclui, por exemplo, gerenciamento de projetos e propriedade intelectual", alerta Morel. "Recentemente, o Brasil despertou para a necessidade e a prioridade da gestão na área do desenvolvimento e parte de nossos esforços será dirigida a essa área". O pesquisador explica que essa atitude é essencial para cumprir as aspirações do CDTS, que vão além da pesquisa pura e pretendem gerar inovação, ou seja, levar as idéias desde o laboratório até o seu uso pela sociedade.


O convênio com a Capes reforça os recursos humanos da Fundação em áreas ainda pouco trabalhadas e permite que os candidatos selecionados para pesquisa no CDTS sejam treinados em instituições de renome internacional, como os norte-americanos Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT, na sigla em inglês), Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Institutos Nacionais de Saúde (NIH) e o Instituto Pasteur, da França.


Disponíveis para início imediato, as bolsas serão distribuídas de acordo com a seleção realizada por um comitê que conta com representantes da Fiocruz e da Capes, cuja primeira reunião está prevista para o final do mês. A comissão terá, ainda, o papel de elaborar estratégias de colaboração. "Nosso objetivo é que os pesquisadores sejam escolhidos pelo mérito individual, e tenham também uma ligação institucional forte", afirma Morel. "Procuramos pesquisadores de grandes instituições, cuja vinda signifique uma relação mais permanente da Fiocruz com o instituto em questão, para estabelecer parcerias duradouras".




Clique aqui e leia o anúncio da Capes para formação de recursos humanos para o CDTS.


Os interessados devem entrar em contato com o CDTS por e-mail, correio ou telefone:


Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS)

Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)

Casa Amarela, campus de Manguinhos

Av. Brasil 4365

Rio de Janeiro, RJ 21040-900


cdts@fiocruz.br

Tel: +55-21-3885-1754

Fax: +55-21-2260-6707

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