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16/05/2016

Workshop debate superação de gaps em inovação no Brasil

Gabriella Ponte (Bio-Manguinhos/Fiocruz)


Governança do conhecimento foi tema de um dos workshops na manhã do primeiro dia do 3° Simpósio Internacional de Imunobiológicos promovido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). O painel foi apresentado pela representante do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) Adelaide Antunes, pela professora da da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Ana Célia Castro, pela assessora científica sênior de Bio-Manguinhos Cristina Possas, e pela vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Nísia Trindade.

Possas e o consultor científico sênior de Bio-Manguinhos Akira Homma apresentaram Governança do conhecimento: superando os gaps e acelerando o fluxo de inovações em imunobiológicos. Lições da experiência brasileira. Para Possas, é necessário um sistema de governança do conhecimento que deve ser altamente efetivo para promover a competitividade necessária. "Há um investimento insuficiente em inovação. Por exemplo, nenhuma vacina para uso humano resultou de esforço tecnológico inteiramente local. O gap tecnológico persiste, apesar dos investimentos feitos em Pesquisa & Desenvolvimento nas últimas décadas", ressaltou Possas, dizendo que este investimento representa 1,24% do PIB - muito baixo se comparado a outros países emergentes que gastam mais de 2,5% do PIB.

Castro, ao apresentar Construindo pontes: governança do conhecimento, redes e mercados de conhecimento e capacitações dinâmicas, comparou as capacidades estatais do Brasil e de outros países emergentes. Ela mostrou um estudo sobre políticas de inovação e arquiteturas institucionais do Brasil e China. Ela também explicou sobre as Redes e Mercados de Conhecimento (KNM) que estuda as novas formas de produzir inovação através da combinação de plataformas de pesquisa em rede.

Antunes começou sua palestra com a seguinte afirmação: "Inovação é um driver central para o crescimento econômico para o desenvolvimento e melhores empregos". Ela expressou sua preocupação quanto ao fato dos detentores de propriedade intelectual (PI) estarem mais focados nas estratégias de negócios, criando um efeito da Maior Internacionalização. Atualmente, a China é o país que mais deposita patentes no mundo. 

"Qual o papel da Fiocruz no Sistema de CT&I em Saúde?": foi com essa pergunta que Trindade iniciou sua fala. "É importante criar e ampliar a capacidade institucional de conhecer, de forma mais sistemática, suas atividades em PD&I nos contextos nacional e internacional. É necessário destacar que o modelo de avaliação da pesquisa e do ensino não considera diferentes contextos e dinâmicas de produção do conhecimento, suas especificidades nem os impactos para a sociedade", comentou. 

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