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07/10/2016

Evento internacional marca um ano da crise de zika no Brasil

Lucas Rocha (IOC/Fiocrz)


A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) promove, em parceria com a Academia Nacional de Medicina (ANM) e Academia Brasileira de Ciências (ABC), o evento internacional Zika, entre os dias 7 e 10 de novembro. A atividade inclui os simpósios The Zika menace in Americas: challenges and perspectives e One year after the announcement of the national public health emergency in Brazil: lessons, achievements and challenges. O encontro será realizado na sede da ANM, no Rio de Janeiro (Av. General Justo, 365, Centro – próximo ao Aeroporto Santos Dumont). Confira a programação completa

O encontro será dividido em dois momentos. No primeiro, nos dias 7 e 8, serão abordados os desafios e perspectivas do vírus zika para as Américas. No segundo, entre os dias 8 e 10, os debates serão em torno das lições, conquistas e obstáculos (científicos, econômicos, sociais ou políticos), mas também dos desafios a serem superados no Brasil e no mundo. As apresentações serão realizadas no idioma inglês (haverá equipamento de tradução simultânea).

“Estamos diante de um vírus com características peculiares, de grande relevância para a região dos trópicos, incluindo o Brasil. Além de ter sido relacionado a diferentes alterações neurológicas em crianças e adultos, o zika pode ser transmitido por mosquito e por via sexual. A realização do simpósio vai ao encontro dos esforços da comunidade científica brasileira e internacional em torno de um vírus que já alcançou um grande número de países”, destacou Wilson Savino, diretor do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e um dos organizadores do encontro.

Profissionais e cientistas brasileiros e estrangeiros envolvidos desde o início nos relatos dos casos e nos mais diversos achados até o momento estarão presentes. “A partir da revisão das descobertas feitas nos últimos meses, buscamos avançar em termos de saúde pública e do conhecimento dos efeitos do zika. A troca de conhecimento contribuirá para estudos de novas estratégias terapêuticas, vacinas ou formas de controle da transmissão do vírus”, ressaltou Marcello Barcinski, pesquisador visitante da Fiocruz e um dos organizadores do evento.

Um ano depois

O encontro acontece um ano após o Ministério da Saúde declarar situação de emergência em saúde pública de importância nacional devido ao aumento dos casos de microcefalia, que assolavam principalmente os estados da Região Nordeste. As causas da malformação congênita eram ainda desconhecidas. A principal suspeita recaiu sobre o zika, um vírus que emergia em território nacional. Simultaneamente, complicações neurológicas em adultos começavam a ser diagnosticadas em elevados índices, incluindo a Síndrome de Guillain-Barré, uma doença de natureza autoimune que ataca os nervos e músculos. Pouco tempo depois, em 1º de fevereiro de 2016, foi a vez da Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a microcefalia associada ao zika uma emergência de saúde pública de importância internacional.

Credenciamento para jornalistas

Para o credenciamento no evento, é necessário enviar os seguintes dados para o email jornalismo@ioc.fiocruz.br: nome, função, veículo, telefone, e-mail e data(s) de cobertura. 

Mais informações: (21) 2562-1500. 

Texto atualizado em 3/11/2016. 

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