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03/10/2017

Seminário reúne Fiocruz e FGV para implementar cooperação

Ricardo Valverde (Agência Fiocruz de Notícias)


A Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz promoveu um seminário, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), para discutir a proposta de implementação dos programas de cooperação entre as duas instituições. O evento deu continuidade a uma reunião anterior, em agosto, que reuniu pesquisadores das fundações.

A abertura do seminário contou com a presença dos presidentes da FGV, Carlos Ivan, e da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, que discorreram sobre as oportunidades que se põem para o trabalho em conjunto. “Um processo como esse só funciona com quem está comprometido. E aqui representamos duas instituições preocupadas e comprometidas com o Brasil. Esta é uma grande oportunidade para a ciência e para o setor público, que precisa ser eficaz e eficiente. Estamos muito contentes e esperançosos com essa aproximação, por serem as duas mais fortes instituições públicas brasileiras nas áreas em que operam”, destacou Ivan.

Ele lembrou que o trabalho em rede é uma das maneiras mais produtivas e úteis de superar a falta de recursos que se abate sobre as instituições públicas. “Percebemos que Fiocruz e FGV podem trabalhar em conjunto em muitos setores, reforçando a interdisciplinaridade. Temos que reunir nossos especialistas para que encontrem, cada um na sua área, soluções para os problemas nacionais”. Ivan citou ainda os grandes bancos de dados, com uma imensa riqueza de informações, que podem auxiliar em pesquisas específicas. “Pesquisas da área biomédica que contemplem um olhar da economia, da antropologia, da sociologia poderão nos levar a uma vanguarda. Temos que ser inventivos”.

Em seguida, a presidente da Fiocruz comentou que a colaboração entre as duas instituições já existe, por exemplo, na matemática aplicada. “A colaboração é um princípio básico, que gera conhecimento. Neste caso, conhecimento que será útil para atender o SUS e a cidadania brasileira”, disse ela, ressaltando que a Fiocruz tem compromissos com o Brasil e com a solidariedade internacional. Nísia afirmou ainda que a parceria permitirá a formação de quadros mais qualificados de forma ampla, para atuação em rede. “Faremos um esforço para aprofundar a política de acesso aberto, soltando amarras que atrapalham a ciência e a pesquisa”.

Ela recordou também que a Casa de Oswaldo Cruz (COC), unidade dedicada à preservação da memória da Fiocruz e às atividades de pesquisa, ensino, documentação e divulgação da história da saúde pública e das ciências biomédicas no Brasil, tem raiz no Centro de Processamento de Dados (CPDOC) da FGV, considerado o melhor do país em sua área. “Diante de nós está o desafio da interdisciplinaridade para melhor enfrentarmos as questões da saúde pública”.

Depois das intervenções dos dois presidentes, o seminário seguiu com a participação de pesquisadores de ambas as instituições. Dentre as áreas de maior interesse comum estão as relacionadas a matemática, estatística, tecnologia de informação e educação. Também esteve presente um grupo do BNDES que apresentou oportunidades de financiamento para empresas, a partir de transferência de produtos e processos para o setor privado.

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