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10/07/2009

Nova linhagem ancestral do 'T. cruzi' é apresentada em palestra

Renata Moehlecke


No evento de comemoração de 90 da descoberta da doença de Chagas, em 1999, estudos identificaram duas linhagens filogenéticas do Trypanosoma cruzi, chamadas T. cruzi 1 e T. cruzi 2. No entanto, um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Minas Gerais demonstrou a evidência de uma terceira linhagem, intitulada por eles de T. cruzi 3, que pode trazer diversas implicações evolutivas e patogenéticas para as pesquisas referentes ao protozoário e a doença por ele causada. É sobre a caracterização dessa nova linhagem ancestral que o pesquisador Sérgio Danilo Pena palestrou nesta quinta-feira (9/7) no Simpósio Internacional Comemorativo do Centenário da Descoberta da Doença de Chagas, que ocorre no Hotel Sofitel, em Copacabana, Rio de Janeiro. 

 

“Apesar do genoma do Trypanosoma cruzi já ter sido completamente sequenciado, pouco se sabe sobre sua estrutura populacional e evolutiva”, comenta o pesquisador. “Um entendimento mais abrangente dessa estrutura populacional, especialmente no que se refere ao ciclo silvestre, é indispensável para o controle da doença de Chagas.” Sérgio explica que as duas principais linhagens conhecidas do protozoário são associadas ao ciclo silvestre e ao doméstico de transmissão da doença de Chagas. Porém, alguns espécimes do T. cruzi não podem ser agrupados a nenhum dos dois ciclos, o que levou a realização de mais estudos genômicos que destacaram a existência desta terceira linhagem.


Publicado em 10/7/2009.

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