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12/06/2009

Novo nível de alerta da OMS não muda ações contra influenza A (H1N1) no Brasil


A ministra interina da Saúde, Márcia Bassit, afirmou que a mudança no nível de alerta para a pandemia de influenza A (H1N1) de 5 para 6, realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na quinta-feira (11/6), não implicará mudanças no trabalho realizado no Brasil para o enfrentamento da doença. O Ministério da Saúde manterá as ações para a detecção, monitoramento e tratamento de pessoas infectadas pelo novo vírus da gripe, que vêm sendo adotadas e colocadas em prática desde 24 de abril, quando foi feito o alerta inicial pela OMS. A rede pública dispõe de três laboratórios de referência capazes de realizar os exames de diagnóstico da doença em menos de 72 horas, instalados no Instituto Evandro Chagas (PA), no Instituto Adolf Lutz (SP) e na Fiocruz (RJ). Pelo protocolo de atendimento clínico, casos suspeitos com sintomas leves recebem tratamento e ficam em isolamento domiciliar por sete dias, recebendo orientação da autoridade municipal e/ou estadual de saúde.


 Imagem do vírus influenza A (H1N1)

Imagem do vírus influenza A (H1N1)


A OMS divide o mundo em seis regiões administrativas. A fase 5 é caracterizada pela propagação do vírus de pessoa a pessoa em, no mínimo, dois países de uma mesma região da OMS. A fase 6 é caracterizada quando a propagação do vírus de pessoa a pessoa passa a ocorrer em, no mínimo, um país de outra região. Para a OMS, isso caracteriza a pandemia, ou seja, que o vírus se alastrou para, pelo menos, duas regiões administrativas distintas designadas pela OMS. “A nova fase de alerta não significa maior gravidade dos casos. A taxa de letalidade dessa doença no mundo é de 0,5%, considerada baixa pela OMS, o que não diminui, sob nenhuma hipótese, a nossa responsabilidade de proteger a população brasileira”, afirmou Márcia.


O Brasil se antecipou em todas as medidas recomendadas pela OMS. Por isso, a nova situação não muda em nada os procedimentos que o governo brasileiro adotou para a vigilância, diagnóstico e tratamento da doença. A elevação do nível de alerta da OMS de 5 para 6, entretanto, não muda a estratégia adotada pelo Brasil na prevenção, combate e tratamento da influenza A (H1N1). O país mantém rede de vigilância em alerta em portos e aeroportos para detectar, diagnosticar e encaminhar para tratamento casos de pessoas contaminadas pela doença. A estrutura na área da saúde montada para oferecer atendimento e assistência aos pacientes diagnosticados no país segue atendendo os casos suspeitos e confirmados. “Portanto, a população pode ficar tranquila, pois o país está preparado para o enfrentamento da influenza A (H1N1)”, afirmou a ministra – Interina. Atualmente, o país conta com 54 hospitais de referência, com cerca 829 leitos.


O governo federal mantém em estoque 9 milhões de tratamentos (estoque que deve ser transformado em cápsula e cujo modo de acondicionamento garante validade de nove anos). Os laboratórios oficiais têm capacidade para produzir 300 mil cápsulas por dia. Para pronto consumo, o Ministério da Saúde possui 12,5 mil tratamentos, sendo metade para adultos e outra metade para crianças.


O Ministério da Saúde tem mantido total transparência sobre os casos de gripe A no Brasil. Qualquer pessoa pode consultar nota divulgada diariamente no site do Ministério da Saúde (www.saude.gov.br) ou informa-se gratuitamente pelo telefone 0800 61 1997. Todos os dias, desde 25 de abril, o Ministério da Saúde divulga nota técnica e nota à imprensa com atualização das informações sobre a doença.


Um grupo de técnicos do ministério, Anvisa e Ministério da Agricultura se reúne diariamente para discutir a situação da doença no país e evolução do número casos confirmados e suspeitos. Um Grupo Executivo Interministerial, com representantes de 16 órgãos públicos, se reúne semanalmente para avaliar o quadro da situação e avaliar a adoção de medidas relacionadas ao tema.

 

Em 24 de abril, a OMS fez o alerta sobre o surgimento da influenza A (H1N1), inicialmente chamada de gripe suína. Desde o alerta da OMS, o MS iniciou o seu plano de contingência, com uma estrutura construída desde o ano 2000. Trata-se de uma rede de vigilância em saúde para enfrentar o vírus influenza. A Presidência da República editou medida provisória para a liberação de crédito suplementar de R$ 129,5 milhões para intensificar as ações na prevenção da doença. Em 2003, o governo brasileiro fortaleceu essa vigilância e preparou a rede nacional de laboratórios para o diagnóstico da doença. Já em 2005, foi criado um grupo com representantes de diversos ministérios para realizar ações conjuntas para combater o vírus.

 

Para evitar o contágio


Alguns dos exemplos de cuidados para a prevenção e controle de doenças de transmissão respiratória são:

- Lavar as mãos com água e sabão (depois de tossir ou espirrar; depois de usar o banheiro, antes de comer, antes de tocar os olhos, boca e nariz).

- Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies.

- Usar lenço de papel descartável.

- Proteger com lenços a boca e nariz ao tossir ou espirrar.

- Orientar para que o doente evite sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença (até cinco dias após o início dos sintomas).

- Evitar aglomerações e ambientes fechados (deve-se manter os ambientes ventilados). É importante que o ambiente doméstico seja arejado e receba a luz solar, pois estas medidas ajudam a eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias.

- Restrição do ambiente de trabalho para evitar disseminação.

- Hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade física.


Outras informações

Assessoria de Imprensa

(61) 3315-3580 e (61) 9229-6407


Publicado em 12/6/2009.

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