Início do conteúdo

31/07/2008

Novos concursados da Fiocruz tomam posse em cerimônia no Castelo Mourisco


Nesta sexta-feira (01/08), 500 novos concursados da Fiocruz tomam posse em cerimônia na escadaria do Castelo Mourisco, maior símbolo desta instituição centenária. O evento contará com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Os novos servidores vão trabalhar na produção de vacinas e medicamentos, na formação de pessoal para a área de saúde, no controle de qualidade de produtos consumidos pela população e nas atividades de pesquisa para o controle de doenças, entre outras áreas estratégicas para o sistema de saúde brasileiro.


 Concursados de 2006: orgulho de ser Fiocruz (Foto: Ana Limp/Fiocruz)

Concursados de 2006: orgulho de ser Fiocruz (Foto: Ana Limp/Fiocruz)





A data ficará marcada na história da Fundação pelo que representa em termos de esforço institucional para a convocação desses 500 novos funcionários, que foram aprovados no concurso público de 2006, mas ultrapassaram a lista original das mil vagas oferecidas. Para o vice-presidente de Desenvolvimento Institucional e Gestão do Trabalho da Fiocruz, Paulo Gadelha, a posse significa a utilização plena da energia despendida pela Fundação na realização do concurso. “Seria um desperdício deixar de integrar essas pessoas que passaram por mérito e que se adequam aos perfis demandados por nossa instituição”, diz.



Assim, os novos servidores se somam aos mais de 9.400 trabalhadores que já atuavam na Fiocruz, possibilitando a esta instituição continuar cumprido sua missão de promover a saúde dos brasileiros. Só em 2007, esses trabalhadores foram responsáveis pelo desenvolvimento de 1.400 projetos de pesquisa; pela formação de 9.200 profissionais de saúde em várias modalidades de cursos; pelo atendimento de 90 mil e 187 mil pacientes em serviços assistenciais especializados e de atenção básica, respectivamente; pela realização de 202 mil exames laboratoriais para diagnóstico de doenças; por mais de 4.200 análises de controle de qualidade de produtos; e pela produção de 863 milhões de unidades farmacêuticas (medicamentos) e 104 milhões de doses de vacinas, entre outras tantas atividades.



O concurso de 2006 – considerado o maior já realizado no Brasil em termos de perfis oferecidos (305) – se deu em função da necessidade de substituir mão-de-obra terceirizada por quadro de funcionalismo público nas instituições federais (desprecarização do trabalho), uma orientação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. A realização de um novo concurso já está prevista, para dar continuidade à desprecarização na Fiocruz e atender às necessidades da instituição. “O concurso é imprescindível. É uma das pré-condições para que a Fundação siga respondendo à demanda da sociedade e cumpra a sua missão”, afirma Gadelha.



Há necessidade de reforços em recursos humanos para áreas como gestão, desenvolvimento tecnológico e inovação em saúde, inclusive para possibilitar a abertura de novas unidades da Fiocruz em outros estados do Brasil, expandindo ainda mais a atuação da Fundação em prol da saúde pública em todo o território nacional.


As negociações

A convocação dos 500 novos concursados estava prevista no Decreto nº 4.175 da Presidência da República, que permite a nomeação de candidatos aprovados e não convocados até o limite de 50% a mais do quantitativo original de vagas. Entretanto, somente 135 candidatos a mais puderam ser chamados em novembro de 2007, já que esta era a quantidade de vagas permitida no antigo plano de carreiras de Ciência e Tecnologia vigente à época. Começaram, então, as negociações entre a Fiocruz e o governo federal, que resultaram na alteração do texto da Lei nº 11.355, criando o Plano de Carreiras e Cargos de Ciência e Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública da Fiocruz e possibilitando a convocação de outros 365 concursados.



“Nossa argumentação não deixou espaço para resistência. A entrada desses servidores era necessária para a Fiocruz”, conta a diretora de Recursos Humanos da Fundação, Leila Mello.  "Os novos concursados já demonstraram grande capacidade de participação e liderança, o que tem tudo a ver com nossa filosofia de trabalho, pautada pela gestão participativa”, completa Gadelha.



Uma das novas servidoras, a arquiteta Sheila Hansen, analista de gestão da Diretoria de Planejamento Estratégico da Fiocruz, acredita nessa sintonia. “Estar na Fiocruz é um exercício diário de se descolar da grande maré individualista para pensar mais profundamente no outro. O espírito da Fiocruz nos provoca e nos ensina a ser um pouquinho mais Fiocruz na vida”, filosofa.



Outro ponto forte da Fiocruz é o estímulo à pesquisa. É o que pensam o intensivista André Jupiassú, do Serviço de Internação do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec), e a administradora Ana Beatriz Ayres, da área de eventos da Presidência, que entraram para a Fiocruz na ‘primeira leva’, ainda em 2006. “A preocupação da instituição com a pesquisa é um diferencial. Aqui se une investigação científica com assistência, e isso sempre traz bons resultados”, diz André. “Penso em fazer mestrado e aplicar esse conhecimento no meu trabalho”, planeja Ana Beatriz. “Tenho orgulho de estar aqui”, resume ela.


Retornar à matéria principal

Voltar ao topo Voltar