Agência Fiocruz de Notícias

No lugar do toque dos dedos entre Deus e Adão retratado na clássica obra de Michelangelo Criação de Adão, exposta na capela Sistina, Deus lhe dá um preservativo. Proximo dali, dois corações enamorados estão envoltos por uma camisinha. Mais adiante, um casal de náufragos usa um preservativo para escrever a letra "o" de um SOS desenhado na areia. O humor como maneira de informar e conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção das doenças sexualmente transmissíveis é o mote do 1º Festival de Humor em DST e Aids, em exibição no Museu da Vida da Fiocruz até 24 de novembro. A exposição conta com 90 cartuns selecionados entre 1.200 vindos de 50 países, incluindo Afeganistão, África do Sul, China, Cuba, Chile, Croácia e Brasil. Mais de 150 mil pessoas já viram os trabalhos, inclusive no exterior, onde o festival fez sucesso na Europa e nos Estados Unidos.

Organizado pelo Ministério da Saúde e o Instituto Memorial de Artes Gráficas (Imag), o festival é uma iniciativa do Programa Nacional de DST e Aids, que há mais de 20 anos promove ações na luta contra a doença, promovendo e formulando políticas públicas para o acesso ao tratamento, às formas de prevenção, em defesa dos direitos à dignidade, à cidadania e a não discriminação das pessoas vivendo com HIV e Aids.

Segundo os organizadores, a percepção de artistas de muitas nações e povos sobre as DST resultou em um rico e diversificado produto a ser trabalhado nas mais variadas estratégias de comunicação e educação. "O principal objetivo é fazer do humor instrumento de fixação da idéia de que a saúde é coisa séria", definiram os organizadores. De acodo com eles, a partir de uma abordagem criativa o festival utiliza o riso para falar dos temas prevenção, tratamento e direitos humanos.

O Museu da Vida fica no campus da Fiocruz (Avenida Brasil 4.365, em Manguinhos). Funciona de terça a sexta-feira, das 9h às 16h30, e aos sábados das 10h às 16h. Outras informações podem ser consultadas aqui.