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14/10/2014

Paciente que estava com suspeita de ebola deixará Fiocruz esta semana

Ana Carolina Landi e Ricardo Valverde


A Fiocruz promoveu nesta terça-feira (14/10) uma entrevista coletiva para esclarecer questões a respeito do paciente da Guiné que está internado na Fundação desde sexta-feira (10/10) e sobre o qual havia uma suspeita de estar com ebola. Ontem (13/10), o Ministério da Saúde informou que o segundo exame deu negativo para a enfermidade. O paciente, que permanece no Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz), está sem sintomas da doença e passará por exames de rotina antes de sair da Fundação – o que deverá ocorrer em breve.

O vice-diretor José Cerbino, o vice-presidente Valcler Fernandes e a médica Marília Santini na entrevista coletiva na Fiocruz (Foto: Ana Carolina Landi)

 

O vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS) da Fundação, Valcler Rangel Fernandes, parabenizou a cobertura da imprensa, que segundo ele foi sóbria e ajudou a informar a população adequadamente, sem provocar pânico e alarmismo. Ele disse ainda que os entes públicos que participaram do caso deram uma boa, prática e eficiente resposta. “As ações foram corretas e os protocolos seguidos à risca, o que propiciou condições de segurança a todos os profissionais envolvidos, à população e, claro, ao paciente”.

Fernandes assegurou que antes de ser liberado o homem de 47 anos fará exames de sangue de rotina e assim voltar à normalidade. Segundo o vice-presidente, o paciente decidiu que não dará declarações à imprensa quando sair da Fiocruz. A logística de como será feito o transporte do guineano – e de para onde ele irá quando tiver alta – ainda será decidida, em acordo com o MS e, claro, respeitando a vontade do paciente.

Segundo Fernandes, a operação foi um aprendizado e terá todos os seus passos avaliada internamente, o que permitirá intensificar treinamentos e simulações de atendimento. Ele também agradeceu o pronto apoio da Força Aérea Brasileira, do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro e das secretarias estaduais de Saúde do Paraná e do Rio de Janeiro e da secretaria municipal de Saúde de Cascavel (PR), cidade em que estava o paciente antes de vir para a capital fluminense.

O vice-diretor de Serviços Clínicos do INI, José Cerbino Neto, disse que o paciente já saiu do isolamento, está em um quarto comum e se sente bem. “O problema de saúde que ele poderia ter não é uma doença infectocontagiosa e não obriga a ficar internado. Mas, já que está aqui, será investigado. Fizemos exames de sangue e de imagem”. O médico elogiou a atuação da unidade de atendimento de Cascavel, que identificou a suspeita de ebola, e recomendou que todos os postos de saúde perguntem no primeiro contato se há febre e se a pessoa esteve em áreas de epidemia nos últimos 21 dias.

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