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11/11/2010

Palestra aponta desafios de normatizar a toxicologia de nanopartículas

Renata Moehlecke


Efeitos à saúde de nanomateriais: essa era a temática da mesa-redonda de que participou, nesta quinta-feira (11/11), o palestrante José Mauro Granjeiro, do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), no 7º Seminário Internacional de Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente. Granjeiro os desafios trazidos pela tentativa de normatização de regras de avaliação da toxidade de biomateriais nanoestruturados. "Muitos foram os avanços com relação ao desenvolvimento de produtos nanotecnológicos, mas ainda precisamos avaliar os efeitos de seu uso a longo prazo", destacou.


O pesquisador apontou que os critérios e metodologias usados atualmente para a validação dos nanomateriais foram adaptados de outros produtos, sem haver uma regulamentação própria. "Existem relatórios e estudos sobre a questão da toxidade em nanomateriais, mas nada que garanta os métodos empregados são adequados a esse tipo de material", afirma. Ele ainda explicou que, na área de saúde, qualquer produto se torna tóxico se usado em excesso. Dessa forma, seria importante atentar para a segurança do público sensível ao material, ou seja, os pesquisadores que lidam com os nanoprodutos ou o usuário final.


Granjeiro também acrescentou que a toxicologia de produtos constituídos por nanopartículas precisa ser revista com relação à criação de formulações, métodos e testes seguros e confiáveis, a fim de produzir materiais de referência e padrões de comparação. "A construção e validação de modelos de análise podem acelerar e melhorar ainda mais os resultados já obtidos pelos nanomateriais se esses fatores estiverem aliados a um custo de produção e verificação aceitáveis a instituições e indústrias", elucidou.


Publicado em 11/11/2010.

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