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07/11/2013

Paraná sedia Fórum dos Diretores das Regionais da Fiocruz

Cecília Lopes


Sediado na Fiocruz Paraná (PR), o Fórum dos Diretores Regionais da Fiocruz foi realizado entre 5 e 7/11. Na tarde do último dia, os diretores se reuniram para sistematizar os resultados dos debates. Durante o encontro, a Fiocruz Paraná abriu as apresentações das unidades com um amplo panorama de sua atuação, desde processos de gestão e estrutura até as pesquisas e serviços realizados. “Nós entendemos que as unidades da Fiocruz devem atuar nas prioridades de cada região”, disse o diretor da Fiocruz Paraná, Samuel Goldenberg.

Sediado na Fiocruz Paraná (PR), o Fórum dos Diretores Regionais da Fiocruz foi realizado entre 5 e 7/11(foto: Cecília Lopes)

 

A vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação (VPEIC), Nísia Trindade, elogiou a dinâmica adotada pelas unidades – que procuram se conhecer e identificar nichos de colaboração -, e disse que o modelo deve ser adotado pelos programas da Fiocruz para facilitar o intercâmbio interno. “As unidades tradicionais tendem ao conservadorismo, o que importa é mudar esse paradigma”, afirmou.

A apresentação da Fiocruz Paraná foi seguida pelas apresentações da Fiocruz Brasília, Minas, Pernambuco, Bahia, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Ceará. “Percebi nas apresentações que vocês deram ênfase para os desafios das regiões que ocupam, mas não podemos deixar de lembrar que o nosso papel é nacional. Nossa resposta à sociedade é nacional”, frisou Nísia. Durante o Fórum, três tópicos foram discutidos: ensino; interação parasito-hospedeiro; vigilância epidemiológica e serviços de saúde.

O diretor da Fiocruz Brasília, Gerson Penna, lembrou que a unidade deve ser explorada pelas demais, tanto para ter acesso aos três poderes – Legislativo, Executivo e Judiciário -, quanto para uma aproximação com a Presidência da Fiocruz. “Nós somos uma extensão da Presidência e o nosso papel é também articular”.

Bio-Manguinhos na plenária extraordinária do VI Congresso Interno da Fiocruz

O vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional (VPGDI), Pedro Barbosa, lembrou que o processo de expansão levou a Fiocruz para 11 estados brasileiros, e ressaltou que o momento é oportuno para uma avaliação das atividades. “Nós precisamos cuidar das redundâncias e encontrar uma maneira de identificar forças e fraquezas. Tenho certeza que para mudar é preciso coragem e segurança. Mas este não será um problema, a Fiocruz vem cometendo ousadias desde Sérgio Arouca”, lembrou.

O vice-presidente acrescentou que a pauta da plenária extraordinária do VI Congresso Interno (CI) da Fiocruz será a empresa de Bio-Manguinhos. Um documento síntese de seis páginas e anexos será entregue aos delegados para subsidiar a discussão do próximo CI. “Nós tivemos conquistas inéditas e relevantes. É a primeira Fundação a deter a governança de uma empresa”, ressaltou Barbosa. 

Observadores externos

Convidados para acompanhar o Fórum, os observadores externos fizeram uma avaliação geral da reunião. O professor da UnB e um dos mais importantes cientistas brasileiros na área de Fisiologia de Microrganismos, Isaac Roitman, que além de sua contribuição acadêmica, se destaca pela atuação em diversas sociedades científicas no campo governamental e está entre os principais articuladores do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia. Roitman colaborou para a construção e transformação de instituições brasileiras, como a Universidade de Mogi das Cruzes, o Instituto Internacional de Neurociências de Natal, o Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro.

Além de Isaac, a ex-diretora da Fiocruz Brasília e atual assessora técnica, Celina Roitman, também apresentou uma síntese crítica das discussões do Fórum. Celina é doutora em Microbiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e foi supervisora dos Programas da área Biomédica da Superintendência do Desenvolvimento do Científico Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), assessora da Diretoria de Fomento do CNPq; coordenou o Desenvolvimento Científico na Secretaria de Biotecnologia do Ministério de Ciência e Tecnologia.  Foi membro da diretoria nacional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), e representante do Governo Brasileiro no Comitê da Rede Latinoamericana de Biotecnologia, entre outras atuações.

Avaliação externa por pesquisadores internacionais

Goldenberg sugeriu que a Fiocruz convide pesquisadores de fora do país para fazer uma avaliação de todos os setores, unidades, laboratórios e programas. “É fundamental para verificarmos o que deve ser mudado, as falhas e os acertos”, sugeriu. O professor da Universidade de Brasília (UnB), Issac Roitman, concordou com a proposta de Savino e contou que a Embrapa fez o mesmo processo: “foi definitivo para os novos rumos da Embrapa, inclusive com indicação que algumas unidades fossem fechadas”, relatou.

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