Agência Fiocruz de Notícias

A reunião do Conselho de Diretores da Rede Internacional dos Institutos Pasteur (Riip), que ocorre no Brasil pela primeira vez, celebrou nesta terça-feira (20/10) a renovação - e ampliação - do convênio bilateral entre a Fiocruz e o Instituto Pasteur de Paris. A Rede é composta por 32 Institutos Pasteur e instituições associadas, em todos os continentes. Seu objetivo é fomentar parcerias e colaborações para pesquisas científicas, treinamentos e promoção de serviços em saúde, com a meta de combater as principais doenças infecciosas que atingem as populações mundiais. Para o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, o ganho para a instituição é considerável, já que amplia uma vitoriosa parceria já existente para toda a Riip. "Com esse convênio reforçamos os laços entre as duas instituições, que vêm de muitas décadas, desde os tempos de Oswaldo Cruz. O objetivo é incorporar novas áreas de pesquisa e colaboração". A diretora-geral do Pasteur, Alice Dautry, abordou em sua fala a importância do intercâmbio entre França e Brasil e a qualidade desta cooperação técnica. A Fiocruz é a única instituição brasileira associada à Rede e o encontro faz parte das celebrações do Ano da França no Brasil.

O coordenador-geral do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) e ex-presidente da Fundação, Paulo Buss, lembrou que o acordo firmado hoje levou dois anos para ser alinhavado e abre numerosas possibilidades para a instituição. "O acordo põe a Fiocruz em contato direto com institutos europeus e de outros continentes, dando a grande vantagem de manter um relacionamento estreito com 32 congêneres de diversos países. Entre eles estão nações tropicais, que comparilham com o Brasil problemas comuns e com os quais podemos trocar informações valiosas em vigilância epidemiológica e controle de vetores, entre outros temas", avaliou Buss.

As duas entidades têm uma longa história de cooperações. O novo convênio reafirmará o acordo sobre a organização de projetos de pesquisa em conjunto e o intercâmbio de pesquisadores do Brasil à França e da França ao Brasil. Entre as novidades do convênio, destaca-se o favorecimento da cooperação entre Brasil, França e países africanos.

Todos os anos, o Conselho dos Diretores se reúne para discutir os progressos das iniciativas conjuntas da Rede e estabelecer novos intercâmbios e parcerias. Um Bureau Executivo é responsável pelo monitoramento dos programas conjuntos. Durante a reunião, além da assinatura do convênio, também será eleito o presidente do Bureau Executivo.

A Rede compartilha valores como a solidariedade científica, a resposta às necessidades nacionais e a participação nas grandes políticas internacionais de saúde pública. Ela é composta por oito instituições da Europa (duas na França, uma na Itália, uma na Grécia, uma na Romênia, uma na Bulgária, uma na Rússia e uma na Bélgica); nove da Ásia-Pacífico (três no Vietnã, uma no Camboja, uma no Laos, uma na Coreia do Sul, uma na Nova Caledônia, uma em Hong Kong e uma na China); seis da África (Níger, Senegal, Costa do Marfim, República Centroafricana, Camarões e Madagascar); cinco das Américas (Guiana Francesa, Guadalupe, Canadá, Uruguai e Brasil); e quatro no Magrebe-Irã (Marrocos, Argélia, Irã e Tunísia). Os diretores de 25 dessas instituições já confirmaram presença na reunião.

Publicado em 14/10/2009 (atualizado em 20/10).