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18/02/2008

Patrulha à beira-mar

Catarina Chagas e Fernanda Marques


Duas vezes por mês, o biólogo Salvatore Siciliano e sua equipe deixam o laboratório na Ensp e seguem para a Região dos Lagos, famosa zona turística do Rio de Janeiro. Apesar das máquinas fotográficas penduradas no pescoço e do bugre, não estão a passeio. Também munidos de binóculos, vidrarias, facas, bisturis e reagentes, percorrem até 60 quilômetros de praia durante dois dias fazendo monitoramento ambiental: analisam carcaças de aves e mamíferos marinhos, recolhem amostras para estudos posteriores e fazem registros das espécies que habitam o litoral.


 Olhos voltados para o mar: monitoramento do ambiente a cada 15 dias (Foto: Salvatore Siciliano)

Olhos voltados para o mar: monitoramento do ambiente a cada 15 dias (Foto: Salvatore Siciliano)


Quando sentem a ausência de alguma espécie marinha na região, seja ave ou mamífero, ficam em alerta – isso pode ser sinal de que as atividades humanas na região estão agredindo os ecossistemas. Daí a necessidade de um trabalho continuado de pesquisa de campo e conscientização da sociedade local, o que nem sempre é fácil. “O monitoramento de longo prazo é essencial para avaliar o comportamento das populações animais e suas transformações, indicadores da saúde do meio ambiente”, justifica Salvatore, que desde 1999 atua na região.

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