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29/06/2007

Pesquisa do INCQS recebe prêmios em encontro em Fortaleza

Pablo Ferreira


Uma pesquisa inteiramente desenvolvida no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fiocruz foi laureada com dois diplomas de honra ao mérito, concedidos pela Sociedade Brasileira de Analistas de Alimentos (SBAAL). A premiação ocorreu durante o 15º Encontro Nacional de Analistas de Alimentos e o 1º Congresso Latino-Americano de Analistas de Alimentos, realizados concomitantemente em Fortaleza. “Não é a primeira vez que o INCQS é laureado. Também recebemos prêmios nos dois encontros anteriores”, diz Maria Regina Branquinho, uma das pesquisadoras envolvidas.


 Plantação de soja RR mantida pela Embrapa (Foto: Paulo Kurtz/Embrapa Trigo)

Plantação de soja RR mantida pela Embrapa (Foto: Paulo Kurtz/Embrapa Trigo)


Foram consideradas 13 áreas temáticas para a premiação e competiram cerca de 500 trabalhos de várias instituições, entre universidades e laboratórios de saúde pública – o que dá uma dimensão nacional para o diploma recebido. A pesquisa do Instituto, denominada Detecção, identificação e quantificação de soja RR em alimentos, foi subdividida em três trabalhos, e venceu nas áreas de Biologia Molecular e de Rotulagem.


Na de Biologia Molecular venceu o trabalho chamado Quantificação da soja RR pela técnica da PCR em tempo real: estudo preliminar das curvas analíticas. “O projeto trata da validação, dentro de normas internacionais, de metodologias que verifiquem o percentual de organismos geneticamente modificados [popularmente conhecidos como transgênicos] em alimentos feitos a base de soja”, explica Regina.


O outro trabalho foi laureado na área de Rotulagem e tem o nome de Soja RR em bebidas à base de soja: detecção e aplicabilidade da legislação de rotulagem. Como o próprio nome indica, também aborda a soja transgênica, porém buscando discutir o efeito da legislação que se dedica ao tema. Até o momento, fabricantes de bebidas feitas a base de soja, caso utilizem a transgênica, são obrigados a indicar sua presença, se ela ultrapassar 1% do total da soja contida no produto. “O INCQS é pioneiro em estudos sobre metodologias de detecção de organismos geneticamente modificados, se considerados os laboratórios de saúde pública”, afirma Regina, completando que alguns destes já receberam treinamento do INCQS na área de transgênicos.


O projeto premiado é de autoria da bióloga Renata Trotta Ferreira e das farmacêuticas Maria Regina Branquinho e Paola Cardarelli – sendo esta última a coordenadora. Para o futuro, as pesquisadoras pretendem não só expandir seus estudos na pesquisa citada, como realizar desdobramentos: “Queremos utilizar nossa experiência em organismos geneticamente modificados para outros vegetais, como o milho”, conclui. A cientista refere-se à recente liberação, concedida pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), do uso de milho transgênico em alimentos.

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