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08/11/2010

Pesquisador da Embrapa fala dos impactos da nanotecnologia na agricultura

Fernanda Marques


Na agricultura, o impacto de novas tecnologias, como as nanotecnologias, muitas vezes, não se revela no desenvolvimento de novos produtos, mas sim na otimização de produtos já existentes. A explicação é do pesquisador Caue Ribeiro, da Embrapa Instrumentação Agropecuária, que fará palestra no 7º Simpósio Internacional de Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente, promovido pela Fiocruz, de 10 a 12 de novembro, no Rio de Janeiro.


Em sua apresentação, Ribeiro discutirá questões como nanoestratégias já presentes na natureza e em produtos comerciais, que nem sempre recebem o rótulo "nano"; impactos de curto e médio prazo observados na agricultura; e preocupações de uma gestão ambiental consequente, que leve em conta tanto os possíveis riscos toxicológicos e ambientais da nanotecnologia quanto as alternativas benéficas que podem ser desenvolvidas. Entre essas alternativas, o pesquisador cita como exemplo a síntese de catalisadores heterogêneos nanoestruturados para despoluição da água, entre outros.


Quanto à aplicação da nanotecnologia em alimentos, Ribeiro explica que “o interesse maior é investir naqueles que têm problemas de durabilidade (objetivando aumento do tempo de conservação, por exemplo) ou que possam envolver questões de saúde (objetivando redução do teor total de gordura ou sal, por exemplo)”. São muitas as possibilidades. “Um filme fino que recubra uma fruta, por exemplo, modificará a dinâmica de respiração do fruto, fazendo com que ele não apodreça na mesma velocidade. Além disso, nanopartículas aderidas na superfície podem atuar matando possíveis focos de formação de fungos ou colônia de bactérias”, afirma. “Outra vertente que cresce recentemente é a aplicação dessas tecnologias em nutracêuticos, que seriam alimentos com propriedades funcionais relacionadas à saúde”, completa.


Publicado em 8/11/2010.

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