26/11/2007
Renata Moehlecke
O cenário sócio-epidemiológico do Brasil e da América Latina é um dos assuntos selecionados para debate, na manhã do dia 28, no seminário internacional Perspectivas de enfrentamento dos impactos da violência sobre a saúde pública. Em foco: América Latina. O evento, realizado pelo Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves), celebra os 18 anos de existência da instituição. Edinilsa Ramos de Souza, pesquisadora do Centro, mostrará diversas informações sobre o contexto brasileiro em relação a mortes por causas externas (homicídios, acidentes de trânsito, suicídios, quedas acidentais, afogamentos, etc.) e as mudanças ocorridas após a instituição de propostas do sistema de saúde para o enfrentamento da violência.
Ela esclarecerá, por exemplo, que, segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), em 1980, a taxa de mortalidade por causas externas no país era de 59%, passando por um pico de 75,9%, em 1997, e voltando a diminuir para 69,9% em 2005. A redução pode estar relacionada a medidas de combate governamentais, como a implementação do novo código de trânsito, no ano de 1997, e a campanha do desarmamento voluntário, em 2003. “Caiu 18,1% a taxa de mortes por acidentes de transporte no país, entre 1997 e 2000”, afirma. De 2003 para 2004, “as internações por lesões com armas de fogo diminuíram 4,6%”.