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08/11/2010

Pesquisadores criam índice para prever comportamento de nanomateriais

Fernanda Marques


Nanopartículas têm sido incorporadas a um número crescente de produtos comerciais. É fundamental, portanto, compreender como elas interagem com os organismos vivos. Afinal, os efeitos biológicos de um nanomaterial – tanto os benéficos quanto os prejudiciais – podem ser determinados pela forma como ele é absorvido, distribuído e eliminado pelo corpo. Entender como ocorrem essas interações ajudaria a evitar impactos negativos das nanopartículas sobre a saúde humana e ambiental. Foi pensando nisso que a equipe do professor Jim Riviere, da Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, desenvolveu o índice de adsorção a superfície biológica (BSAI, na sigla em inglês).


O trabalho foi recém publicado na Nature Nanotechnology e será apresentado por Riviere durante o 7º Seminário Internacional de Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente, promovido pela Fiocruz, de 10 a 12 de novembro, no Rio de Janeiro. O índice caracteriza a interação entre diferentes espécies químicas e nanopartículas. Ele leva em conta as forças que contribuem para essa interação, que podem ser medidas experimentalmente e descritas por modelos matemáticos. O resultado é um índice que pode dar pistas de como nanomateriais vão se comportar diante de biomoléculas, ajudando a prever fenômenos complexos in vivo.  De acordo com os pesquisadores, o BSAI pode abrir caminho na direção de uma nanomedicina preditiva e de uma avaliação quantitativa sobre o risco e a segurança de nanomateriais.


Publicado em 8/11/2010.

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