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27/07/2017

Pesquisadores identificam riscos para a saúde no semiárido

PlosOne


Pesquisadores da Fiocruz, junto a pesquisadores das universidades de Washington (EUA) e de Canberra (Austrália), lançaram um informe sobre vulnerabilidades, exposições, perigos e riscos para a saúde, resultante das secas para 1.135 municípios em nove estados do semiárido brasileiro (Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe). O estudo mostra que os municípios do semiárido têm condições menos favoráveis nas dimensões sociais, ambientais, econômicas e de saúde, quando comparados com os demais municípios do país. E ainda, dentro dos próprios estados, os municípios no Semiárido apresentam condições mais adversas que os municípios fora desta região, no mesmo estado.

(Confira o artigo na íntegra, em inglês)

"O estudo toma dados básicos e utiliza os conceitos de risco de desastre em função das exposições, das vulnerabilidades e dos perigos que enfrentam as comunidades no Semiárido, para construção de um índice com a finalidade de apoiar a tomada de decisões", comentou a pesquisadora Aderita Sena, autora principal do estudo. O projeto faz parte do trabalho do Observatório de Clima e Saúde da Fiocruz, liderado pelo pesquisador Christovam Barcellos. "A seca é um problema recorrente nessa região", afirma Barcellos, "mas a nossa preocupação é que as mudanças climáticas farão essa situação muito pior", acrescenta o pesquisador.

A situação das populações do semiárido é difícil, e programas de transferência de renda ajudam que as famílias suportem os meses mais difíceis sem migrar, evitando a desagregação do núcleo familar. Neste sentido, "são importantes ações para a redução de vulnerabilidades e a construção de resiliencia, não somente voltadas para a população, mas também para o próprio setor da saúde", comenta a pesquisadora Aderita Sena.

Além dos pesquisadores citados, participaram da pesquisa Kristie Ebi, da Universidade de Washington (EUA), Carlos Machado de Freitas, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e Carlos Corvalan, da Universidade de Canberra (Austrália).

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