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09/07/2014

Pneumologista da Fiocruz fala sobre o aumento de infecções respiratórias no inverno

Portal Fiocruz


Durante o inverno, é comum o aumento no número de casos de problemas respiratórios. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, por ano, a gripe cause comprometimento grave em 3,5 milhões de pessoas. Crianças, idosos, portadores de doença pulmonar, cardiopatas e imunocomprometidos são os mais afetados. As doenças respiratórias que guardam relação com mudanças climáticas são, na maior parte das vezes, as infecciosas, causadas por vírus e, em segundo lugar, por bactérias. Os vírus são responsáveis pela gripe (também chamada de influenza) e pelo resfriado, enfermidade que apresenta sintomas parecidos aos da gripe, mas com intensidade menor. “A gripe é caracterizada por febre alta, dores no corpo, dor de cabeça e calafrios. Os sintomas de coriza, tosse e faringite podem ficar em segundo plano diante de manifestações sistêmicas mais intensas. Febre, diarreia, vômitos e dor abdominal são comuns em crianças mais jovens. O resfriado, em geral, tem sintomas parecidos – espirro, coriza, congestão nasal e mal-estar -, mas estes aparecem de forma mais branda. A febre não é frequente e costuma ser baixa”, explica o pneumologista do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) Hisbello da Silva Campos.

Crianças, idosos, portadores de doença pulmonar, cardiopatas e imunocomprometidos são os mais afetados (foto: Claudio Oliveira / Portal Fiocruz)

 

Os fatores responsáveis pelo maior desenvolvimento de vírus e bactérias nessa época do ano são diversos - o frio não é o principal responsável. É o que explica o presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), Fábio Morato Costa:  “No inverno as alergias respiratórias pioram muito devido às infecções virais frequentes, ao aumento da poluição ambiental, às constantes e bruscas mudanças climáticas, ao ar seco e ao fato de que casacos e cobertores são retirados dos armários depois de muito tempo guardados”.

Apesar de não ser possível se prevenir de algumas formas de infecção, existem muitas iniciativas que podem reduzir a possibilidade de contágio, a começar pela higiene ambiental. “Vivemos cerca de 90% a 98% de nossas vidas dentro de um ambiente fechado, e 40% dentro do quarto. Alguns cuidados que devemos ter: manter padrões de limpeza adequados, combate à umidade, lavar agasalhos e cobertores antes de usar, não deixar animais dentro de casa, retirar dos cômodos livros ou almofadas que acumulem poeira, evitar cigarro no ambiente doméstico e se vacinar contra a gripe”, afirma Costa.

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