26/10/2022
Agência Fiocruz de Notícias (AFN)
Presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima recebeu, na segunda-feira (24/10), o certificado oficial do Prêmio Mulheres Brasileiras que Fazem a Diferença 2022. O prêmio é concedido pela Embaixada e pelos Consulados dos Estados Unidos da América no Brasil como reconhecimento a mulheres de destaque em todo o país. O certificado foi entregue a Nísia pelo adido cultural do Consulado dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, Mark Carr, que visitou a Fundação acompanhado da assessora cultural do Consulado, Carla Waehneldt. Também estiveram no encontro Cristiani Machado, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz), e Pedro Burger, coordenador adjunto do Centro de Relações Internacionais (Cris/Fiocruz).
Prêmio homenageia mulheres de diferentes origens que estão causando um impacto positivo em suas comunidades e servindo de força de inspiração (foto: Pedro Paulo Gonçalves)
“Fico muito honrada por receber essa premiação”, celebrou Nísia. “Como digo e compartilho com representantes da nossa instituição, sei que muitas das honras que recebo tem a ver com um trabalho coletivo, o que torna mais especial para mim poder representar uma instituição tão importante como a Fiocruz”. O adido cultural Mark Carr valorizou a premiação. “Hoje é um grande prazer entregar o certificado oficial”, disse. “Obrigado por nos receber, a Fiocruz têm muitos projetos e sua presidente merece certamente estar entre as sete brasileiras reconhecidas pela Embaixada e pelos Consulados dos EUA no Brasil, por suas destacadas contribuições à sociedade. Esperamos continuar nossa parceria”.
O prêmio homenageia mulheres de diferentes origens que estão causando um impacto positivo em suas comunidades e servindo de força de inspiração. O reconhecimento a Nísia deve-se ao fato de ela ser a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente da Fiocruz em 120 anos e às suas contribuições ao longo da sua carreira, reconhecidas nos setores da saúde, pesquisa e ciência.
A assessora cultural do Consulado, Carla Waehnaldt, reafirmou a importância da visita e a disposição do Consulado em colaborar. “É importante esse retorno à casa para manter o diálogo nas várias frentes de nossa cooperação. Contem com nosso escritório”. Coordenador adjunto de Relações Internacionais, Pedro Burger elogiou a premiação. “É uma iniciativa muito interessante ter esse prêmio, parabenizo pela iniciativa. Temos tido algumas reuniões aqui na Fiocruz com representações dos EUA e fui recentemente à recepção dos vice-cônsules na área econômica e política, substituindo aqueles que conhecemos. Isso é fundamental para manter a continuidade de nossas colaborações”.
Certificado foi entregue a Nísia pelo adido cultural do Consulado dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, em visita a Fundação acompanhado da assessora cultural do Consulado (foto: Pedro Paulo Gonçalves)
Há muitas iniciativas entre a Fiocruz e os EUA também na área da educação. A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Machado, enumerou algumas. “Os EUA são o destino principal de nosso estudantes de doutorado e de nossos pesquisadores de mestrado. Temos muitas interações entre pesquisadores e instituições superiores”, contou. “Recebemos recentemente alunos da Universidade de Princeton, após uma conferência que Nísia havia feito lá sobre Saúde Global. Entre junho e agosto, sete alunos ligados ao programa de Saúde Global da universidade foram inseridos em diferentes unidades nossas. Foi um programa muito bem sucedido”. A universidade agora também teria disponibilizado cursos de doutorado sanduíche para estudantes da Fiocruz.
Outras mulheres premiadas
Seis outras mulheres receberam o prêmio, além da presidente Nísia Trindade. São elas Ana Maria Ferreira da Cunha, diretora de Relações Governamentais e Responsabilidade Social da Kinross Brasil; Chopelly Glaudystton Pereira dos Santos, presidente da Articulação e Movimento de Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans) e membro do Fórum LGBT em Pernambuco; Jaceguara Dantas da Silva, desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul; Joana Célia dos Passos, professora na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Renata Malheiros Henriques, coordenadora Nacional de Empreendedorismo Feminino do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); e Sineia Wapichana, coordenadora do Departamento de Meio Ambiente do Conselho Indígena de Roraima (CIR).
“Me sinto muito honrada porque vi as outras mulheres que receberam o prêmio”, acrescentou Nísia. “São mulheres dedicadas aos diretos humanos, ao ativismo em várias áreas. São seis mulheres que fazem muita justiça ao prêmio”. Nísia destacou as referências para a premiação, como a contribuição com equidade e o engajamento da sociedade, e o papel da ciência nesses campos. “Como representante da área científica, até por ser membro da Academia Brasileira de Ciência (ABC) e da Academia Mundial de Ciências (TWAS), sinto que a ciência também tem que ter esse compromisso. Numa instituição como a nossa, isso precisa ser reforçado, a saúde como direito”.