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12/12/2013

Presidente da Fundação participa de debate na Câmara dos Deputados sobre os 25 anos do SUS

Lidiane Souza


Como parte das comemorações dos 25 anos do SUS, a Comissão de Seguridade Social da Câmara dos Deputados promoveu em 10 de dezembro o seminário 25 anos do SUS. O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, foi um dos convidados do evento, que discutiu os aspectos da saúde brasileira nos últimos anos. Com o tema As questões de saúde mais urgentes no Brasil (preventivas e curativas) e como a tecnologia pode ajudar a resolvê-las, Gadelha fez uma análise da prospecção estratégica de horizontes futuros sobre a saúde no Brasil, a partir dos temas desenvolvimento, Estado e políticas de Saúde; população e perfil sanitário; organização e gestão do sistema de saúde; força do trabalho em Saúde; estrutura do financiamento e do gasto setorial; e desenvolvimento produtivo e complexo.

O presidente da Fiocruz (à direita), debate os 25 anos do SUS na Câmara dos Deputados

 

Durante a apresentação, o presidente da Fiocruz fez uma projeção sobre o funcionamento da saúde para os próximos anos, tendo como referência o ano de 2030. Gadelha destacou as parcerias para o desenvolvimento produtivo da saúde: 88 na área de saúde, sendo 33 com a Fiocruz. Pesquisa e desenvolvimento tecnológico também foram abordados, com destaque para a bioinformática, nanotecnologia e ciência de novos materiais. “Tecnologia social e decisão política têm impacto na área da saúde, como o Bolsa Família, que tem reduzido, por exemplo, as doenças diarreicas. Também estamos criando uma vacina para combater sete doenças de uma vez, além de outras contra a dengue e malária”, explicou.

Para Gadelha, integrar a saúde no atual modelo de desenvolvimento é um desafio central em todos os países, e no Brasil não pode ser diferente, dada a importância do SUS e a sua visibilidade internacional. A intersetorialidade, a participação social e a informação são determinantes sociais da saúde que contribuem para esse processo, de acordo com o presidente da Fiocruz. Gadelha ainda chamou a atenção para uma maior associação entre políticas sociais e o campo produtivo para contribuir para o fortalecimento da Saúde. “A ciência e tecnologia chegou de maneira um pouco atrasada na forma de se pensar o SUS. É extremamente importante que consigamos traçar um eixo estratégico e central da ciência e tecnologia. É importante uma base produtora capaz de transformar a realidade do país”, alertou.

Pontos de vista

Para o presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Luís Eugênio Portela Fernandes de Souza, “as atuais conquistas não dão legitimidade ao SUS. As novas vacinas que estão surgindo, por exemplo, precisam vir para o SUS. O programa de prevenção e controle de Aids, volta a ter números de crescimento do contágio. Também é preciso ampliar de ofertas às regiões de menor acesso, geográficas ou econômicas, com equidade de acesso. Não é só aumentar o financiamento, mas distribuir melhor”, explica.

O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Antônio Carlos Figueiredo Nardi, disse que “somos otimistas quanto ao SUS e não podemos agir só sob o olhar da crítica do que é deixado de fazer. Uma pesquisa mostra que a população aprova o SUS, e a maior reclamação são as filas. Mas, por outro lado, temos o Programa de Saúde da Família, a lei dos medicamentos genéricos, o financiamento tripartite para entrega de remédios, somos o maior país do mundo em número de transplantes gratuitos, o controle do diabetes e hipertensão e das doenças circulatórias. Além da redução da mortalidade infantil e materna”. Também participaram da plenária dos 25 anos do SUS a presidente do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), Ana Maria Costa, e a presidente do Conselho Nacional de Saúde (Conass), Maria do Socorro de Souza.

* Com informações da Agência Câmara

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