A vice-prefeita da cidade chinesa de Shenzhen, Wu Yihuan, visitou a Fiocruz nesta segunda-feira (24/6), ocasião em que sua comitiva se reuniu com representantes da Fundação. Estiveram presentes na reunião o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS), Marco Krieger, que na ocasião representou a presidência, o coordenador do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS), Carlos Morel, o vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas, Rodrigo Correa de Oliveira, e o coordenador da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030 (EFA2030), Paulo Gadelha.
A vice-prefeita da cidade chinesa de Shenzhen, Wu Yihuan, visitou a Fiocruz (foto: Peter Ilicciev)
A Fiocruz possui três acordos de cooperação com a China. Um deles, firmado em Shenzhen, em fevereiro de 2018 [1], envolve quatro instituições chinesas, o Hospital Popular de Shenzhen, o Instituto Genômico de Beijing (BGI, na sigla em inglês), o Laboratório de Microbiologia Patogênica do Instituto de Microbiologia Imunológica da Academia de Ciências Chinesa e a empresa de Telecomunicações ZTE. A parceria propôs a criação de dois centros Brasil-China de Pesquisa e Prevenção em Doenças Infecciosas (IDRPC, na sigla inglesa), um no Brasil (na Fiocruz) e outro na China), com foco em epidemias que atingem os dois países. Os outros dois documentos foram assinados entre a Fiocruz e o CDC China [2], em novembro de 2017, e entre a Fundação e a Academia Chinesa de Ciências [3], em novembro de 2018.
“Shenzhen nos impressiona por ser uma cidade nova, mas que virou uma potência tecnológica na China”, afirmou Carlos Morel, responsável pela cooperação com a China. Com apenas 40 anos de fundação, a cidade é hoje uma das mais pujantes do mundo e lidera a inovação tecnológica chinesa.
Wu Yihuan explicou que a cidade tem hoje um plano estratégico focado em saúde. “O país tem agora uma estratégia de construir uma China saudável. Então, saúde é uma de nossas prioridades municipais”, afirmou. Para alcançar esse objetivo, ela espera fortalecer as parcerias com a Fundação. “A China tem boa tecnologia, mas a Fiocruz tem um pessoal qualificado. Temos que aproveitar o melhor de cada lado”, ressaltou a representante, que possui entre suas atribuições a saúde pública e a gestão de hospitais.
A vice-prefeita aproveitou a visita para conhecer o local das futuras instalações do prédio do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz) e o laboratório onde serão alocados os dois sequenciadores genéticos de última geração emprestados pelo BGI. Esta é a primeira remessa desse tipo para o Brasil e permitirá pesquisas em saúde ainda este ano, quando os equipamentos devem entrar em operação no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz).
Workshop do Centro de Pesquisa e Prevenção de Doenças Infecciosas
Na quinta-feira (27/6), a parceria Brasil-China também promoverá um workshop [4], no Museu da Vida da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), em que cientistas chineses apresentarão suas pesquisas sobre zika e chikungunya para pesquisadores da Fundação. O encontro tem o objetivo de promover a publicação conjunta de artigos e o desenvolvimento de produtos, como diagnósticos e vacinas.
Leia mais:
Workshop celebra continuidade de parceria Brasil e China [5]