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02/07/2019

Workshop celebra continuidade de parceria Brasil e China

Gardênia Vargas (CDTS/Fiocruz)


Na última quinta-feira (27/6), a Fiocruz e a Academia Chinesa de Ciências realizaram o segundo workshop acadêmico da China no Brasil (o primeiro foi em julho de 2017). Na ocasião, pesquisadores chineses apresentaram seus estudos sobre doenças infecciosas aos pesquisadores brasileiros da Fiocruz. 

Na ocasião, pesquisadores chineses apresentaram seus estudos sobre doenças infecciosas aos pesquisadores brasileiros da Fiocruz (foto: Peter Ilicciev)

 

“É importante celebrar a continuidade desta parceria e fazer esse debate sobre o futuro e passado sobre a colaboração entre Brasil e China. Eles mostram o que têm de diferenciado em suas pesquisas, e assim, prospectam a cooperação o desenvolvimento de projetos. Para nós, é uma forma de pensar sobre a transferência de tecnologia para o aperfeiçoamento de pesquisas no Brasil”, explica Thiago Moreno, pesquisador do Centro de Desenvolvimentos Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz). 

Com destaque para Song Hao, com o trabalho Mecanismo de entrada viral do vírus chikungunya, realizado em parceria com o CDTS/Fiocruz, através do pesquisador Leonardo Vazquez, estiveram presentes: Cheng Gong (Estudo sobre o mecanismo de infecção por vírus tropical), Zhong Jin (Desenvolvimento da vacina profilática contra o HCV),  Wu Yan (Estudo sobre o anticorpo protetor de Bunyavirus), Shi Zhengli (Corana vírus – CoV – associado a doenças animais e humanas), Shi Yi (Replicação do vírus da Influenza e o desenvolvimento de antivirais), Zhu Shu (Interação na saúde e doenças do vírus Intestinal Immune-Enteric).

A colaboração oficial entre Brasil e China foi iniciada em fevereiro de 2018, pela presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, em uma cerimônia realizada em Shenzhen. Desde então, os parceiros reforçam os laços com visitas mútuas, publicações em revistas e comunicação constante sobre interesses compartilhados. Entre as demonstrações de parceria, o Instituto Genômico de Pequim emprestou duas máquinas de sequenciadores genéticos de última geração para a Fiocruz. Esta é a primeira remessa desse tipo para o Brasil. O equipamento deve entrar em operação no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) nos próximos meses. Os outros parceiros são o Laboratório de Microbiologia da Academia Chinesa, a empresa ZTEICT e o Terceiro Hospital Popular de Shenzhen. Na segunda-feira (24/6) a vice-prefeita de Shenzhen, Wu Yihuan, visitou o campus de Manguinhos e as futuras instalações do CDTS.

Entre os novos projetos propostos para esta parceria entre os países está o Centro de Excelência em Doenças Infecciosas Emergentes, um esforço conjunto com a Academia Mundial de Ciências para aumentar a prontidão para novas epidemias (foto: Peter Ilicciev)

 

“Para nós, dar continuidade a essa parceria, na qual esperamos poder mostrar mais o que fazemos e saber mais sobre o que e como o Brasil desenvolve na área da saúde, é importante. Nossos encontros são para conversar sobre essa colaboração, discutir o melhor caminho para que, a colaboração continue e que, no futuro tenhamos mais intercâmbios como esses, mais pesquisas e publicações de artigos em conjunto”, ilustra o pesquisador Shi Yi.

Após a visita à Fiocruz do Rio de Janeiro, os pesquisadores foram à Manaus para conhecer os laboratórios e discutir o desenvolvimento de projetos de colaboração internacional. “Um dos pesquisadores, enquanto estava trabalhando na China nos mostrou um vídeo do trabalho feito da Fiocruz em Manaus. Uma estação de pesquisa em um barco. Isso é incrível! Queremos conhecer como recolhem as amostras e trabalham nelas por lá”, explica Yi.

Entre os novos projetos propostos para esta parceria entre os países está o Centro de Excelência em Doenças Infecciosas Emergentes (Ceeid), um esforço conjunto com a Academia Mundial de Ciências para aumentar a prontidão para novas epidemias.

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