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08/02/2008

Programa de Educação a Distância da Fiocruz completa dez anos

Catarina Chagas e Fernanda Marques


Milhares de profissionais já foram alunos da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) da Fiocruz sem, no entanto, passar por suas salas de aula no campus de Manguinhos. Desde 1998, quando teve início o Programa de Educação a Distância (EAD) da unidade, com menos de 2 mil alunos inscritos, o ensino não presencial formou cerca de 19 mil pessoas em áreas como vigilância sanitária, gestão em saúde materno-infantil e biossegurança. Atualmente, a EAD/Ensp tem mais de 21 mil alunos matriculados em cursos de atualização, aperfeiçoamento, especialização e nível técnico.


 Até 2010 a educação a distância deve movimentar R$ 3 bilhões ao ano no país

Até 2010 a educação a distância deve movimentar R$ 3 bilhões ao ano no país


Esses números demonstram que o antigo preconceito em relação à modalidade a distância – muitas vezes apontada como uma educação de nível inferior e voltada a pessoas carentes – está sendo superado. “A Ensp, enquanto Escola de Governo, tem como missão formar recursos humanos para o Sistema Único de Saúde (SUS) e, para isso, a EAD constitui a estratégia mais adequada, expandindo nossa atuação por todo o país, em mais de 2 mil municípios”, ressalta a coordenadora do programa, Lúcia Maria Dupret, mestre em tecnologia educacional nas ciências da saúde.


Embora a educação a distância esteja em franco crescimento no Brasil – até 2010, deve movimentar R$ 3 bilhões ao ano no país –, a maior parte do setor pertence à iniciativa privada. O amadurecimento da EAD/Ensp mostra como uma instituição pública pode e deve fazer um bom trabalho nessa área. O esforço da Fiocruz foi reconhecido por dois títulos conquistados no prêmio e-Learning Brasil 2007: a instituição ficou em terceiro lugar na categoria que avaliou projetos de administração pública e relevância social, além de ter recebido o selo de qualidade Referência Nacional 2007/2008.


“A Fiocruz é uma instituição que tem conseguido, no decorrer da história da ciência e da saúde no Brasil, responder aos desafios que se colocam para o país. O nascimento da EAD/Ensp se insere neste contexto”, considera a vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fundação, Maria do Carmo Leal. “O Brasil precisava, a Fiocruz percebeu e se organizou para desenvolver esta modalidade de formação em saúde, em um momento no qual o SUS também estava expandindo o programa de atenção básica, se informatizando e com demandas e possibilidades para receber uma iniciativa como esta”.


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