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31/08/2021

Projeto mostra efeito de queimadas em população amazônica na pandemia

Observatório Clima e Saúde (Icict/Fiocruz)


O Observatório Clima e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), em parceria com a InfoAmazônia e a Universidade Federal do Acre, investe no projeto Engolindo Fumaça, um estudo dos impactos da poluição decorrente das queimadas amazônicas durante a pandemia de Covid-19. Os incêndios florestais e queimadas por desmatamento têm atingido níveis recordes nos últimos anos. Em 2020, a combinação entre a pandemia de Covid-19 e um dos ciclos mais severos de queimadas e desmatamento da Amazônia brasileira fez com que moradores de regiões atingidas pelo fogo estivessem mais expostos também ao risco de agravamento de pacientes com Covid-19.

Segundo os resultados obtidos até o momento, a cada dia de exposição ao material particulado acima do patamar considerado seguro pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o risco de uma pessoa infectada por Sars-CoV-2 ser internada aumentava em 2%. A fumaça das queimadas esteve relacionada a um aumento de 18% nas internações por Covid-19 e de 24% em internações por síndromes respiratórias nos cinco estados com mais fogo da Amazônia durante as queimadas de 2020 (Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso e Pará).

Neste cenário, os moradores de Rondônia foram os mais afetados, havendo aumento em 66% as chances de dar entrada no hospital por complicações da Covid-19 e 92% por síndromes respiratórias. Já no Mato Grosso, municípios como Poconé e Cáceres, por exemplo, apresentaram mais de 80% de chances de dar entrada no hospital por complicações da Covid-19 e 115% considerando todas as síndromes respiratórias.

Os resultados obtidos mostram a urgência na adoção de medidas de controle das ações de desmatamento e queimadas florestas no país, além de contemplar este aspecto na resposta à pandemia de Covid-19.

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