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02/03/2012

Projeto vai digitalizar o acervo de 13 mil imagens históricas da Fundação


A sensação da equipe composta por três profissionais graduados em arquivologia e história, além de um técnico em arquivística é de dever quase cumprido. Afinal, o principal objetivo do projeto coordenado por Adriana Camelo, de digitalizar o acervo de negativos flexíveis da Casa de Oswaldo Cruz, já ultrapassou uma etapa fundamental: 13 mil fotografias em alta resolução compõem um banco de imagens do Arquivo da Casa de Oswaldo Cruz e, até junho de 2013, estarão disponíveis no Portal — ali tudo estará em baixa resolução.


 

 Em 1912, pesquisadores do IOC Belisário Penna e Arthur Neiva (sentados, ao centro) participam de expedição científica em Bebe Mijo, no Piauí. 

 Em 1912, pesquisadores do IOC Belisário Penna e Arthur Neiva (sentados, ao centro) participam de expedição científica em Bebe Mijo, no Piauí. 


As imagens já podem ser obtidas a partir de consultas ao Arquivo da Casa de Oswaldo Cruz, que conta com as cópias impressas em 13 catálogos. A equipe do projeto já conferiu cada uma das fotos em formato eletrônico, que ocupam dois HDs, fruto do trabalho de Zuca e Fernando Vasconcelos, da Ideia D. “As fotografias digitais começaram a ganhar tratamento arquivístico, que inclui a identificação, indexação e o quadro de arranjos”, explica Adriana Camelo.


Adriana falou dessas etapas, começando pela descrição de alguns dos Fundos a que as fotografias se destinaram: “As fotos vieram de vários lugares e passaram a integrar ‘Fundos’ diferentes”.


Há o ‘Souza Araújo’, que guarda a documentação textual e fotográfica daquele médico, que se dedicou ao estudo da hanseníase. Outro é o ‘Bambuí’, nome da cidade de Minas Gerais onde Carlos Chagas aprofundou suas pesquisas de campo sobre a doença que leva o seu nome.


 Como ministro da Educação e Saúde, em 1931, Belisário Penna posa para um retrato.

Como ministro da Educação e Saúde, em 1931, Belisário Penna posa para um retrato.


Mais um dos fundos a receber fotos digitalizadas em processo de tratamento arquivístico é o ‘Fundação Rockefeller’, cuja atuação foi intensa no país, inclusive no Instituto Oswaldo Cruz, onde equipes dedicaram-se a projetos que visavam combater a febre amarela, fabricando a vacina que imuniza contra a doença.


Vale destacar também o ‘Fundo Instituto Oswaldo Cruz’, que reúne fotos da construção do campus de Manguinhos, da primeira geração de pesquisadores, das expedições científicas ao interior do Brasil e registros diversificados do cotidiano desta instituição científica, desde suas origens, na virada do século 19 para o 20. A expectativa é que esse banco de imagens esteja no Portal e na Base Arch até junho de 2013.


 Oswaldo cruz e Belisário Penna na Estrada de Ferro Madeira — Mamoré.

Oswaldo cruz e Belisário Penna na Estrada de Ferro Madeira — Mamoré.


“O objetivo da digitalização é permitir o acesso ao usuário, com maior agilidade”, ressalta Adriana Camelo, que destaca ainda outro papel importante dessa conversão dos negativos em arquivos de imagens digitais: “garante a preservação do original por muito mais tempo; a digitalização adia a perecibilidade”. Segundo ela, grande parte dos negativos flexíveis estava em bom estado.


Todo material fotográfico ou textual que chega ao Arquivo da Casa de Oswaldo Cruz fica de quarentena ou seja, passa por higienização anti-fungos e insetos. Cleber Belmiro, responsável pelo Serviço de Arquivo Histórico, chama atenção para o fato de que os fundos ‘Oswaldo Cruz’ e ‘Carlos Chagas’ já estão organizados, digitalizados, com a etapa arquivística pronta e que, agora, “falta apenas o trabalho da nossa equipe de tecnologia. E aí o Fundo Oswaldo Cruz ficará disponível na rede eletrônica”.


Publicado em 27/2/2012.

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